Carille admite Palmeiras superior, diz que faltou leitura ao Santos e evita fazer contas

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O Santos perdeu para o Palmeiras na Vila Belmiro, neste domingo, e se manteve perto da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Após o clássico, o técnico Fábio Carille reconheceu a superioridade do rival.
“A gente começou com um volume maior, tendo as melhores oportunidades, depois a gente se perdeu na partida, uma equipe mais entrosada, tivemos dificuldade de nos encontrar dentro de campo e a equipe que jogou melhor saiu vitoriosa do jogo”.
Carille identificou um problema de “leitura” dos jogadores santista em meio à disputa.
“Nós sabemos que o Palmeiras é uma equipe que joga em contra-ataque, que busca se aproveitar dos erros do adversário, ainda mais quando sai na frente, faltou leitura, cobertura no meio campo, a ideia (com as substituições) era preencher o meio, para ter mais gente para disputar a bola, mesmo assim a gente continuou com dificuldade de leitura e o Palmeiras acabou com mais posse de bola”.
“Sobre a leitura, é no momento do jogo. A gente passa todo dia as informações, o que temos de explorar, o que temos de ter cuidado, e dentro de campo ele (o jogador) tem de ter a leitura do que fazer, mas isso é questão de tempo de trabalho, de meses. Falando do adversário, o tempo que está junto, sabe quando aparece para triangular, quando é hora de dar profundidade, isso só o tempo dá. Sei que muitas coisas melhoraram, muitas têm de melhorar, mas não temos muito tempo. É recuperar e quarta estar para jogar”.
Cinco pontos à frente do Z4 e com oito jogos para fazer, Fábio Carille ainda evita traçar uma meta de pontuação que permita ao Santos escapar do inédito rebaixamento.
“Ainda não trabalho (com meta de pontuação), porque a gente não tem um número ideal, cada rodada isso muda. Faltando menos rodadas, teremos uma ideia melhor. Vamos falar de 47? Mas, de 2000 para cá, com 44, ninguém caiu. Então, não dá para ter um número exato agora”.

Leia, abaixo, outros trechos da entrevista coletiva de Fábio Carille:

Trabalho mental
“Esse trabalho é diário, desde o primeiro dia, de fazer acreditar, trabalhar, deixar as coisas bem definidas, a gente sabe que vai assim até o final, faltam oito rodadas, ontem tiveram resultados negativos de equipes que estão embaixo, e vai assim, a gente tem de entender, o Santos passa por uma reformulação, você pega o Palmeiras hoje, quase todos que fizeram a final da Libertadores em janeiro, e o Santos com mudanças. Mas, amanhã é outro dia, trabalhar, porque quarta temos outra decisão”.
Apatia e comparação
“Não gostei do jogo do Sport lá, e não estou falando de resultado, estou falando de desempenho. América, até o primeiro tempo, mas contra o Sport foi muito abaixo. Tudo passa por isso, de leitura melhor, do meu trabalho, dos jogadores, claro que é um conjunto de coisas, mas é fundamental dizer que pegamos um time mais entrosado, com poucas mudanças, essas coisas fazem a diferença e a gente se perdeu em campo”.
Lucas Braga mais atrás
Hoje, as coisas não funcionaram. Fizemos três jogos nesse sistema, contra Grêmio, Fluminense, fomos merecedores e conseguimos o resultado, contra o Athletico não fomos melhores e tivemos resultado. O Braga tem essa força, ele, bem treinado, pode dar mais resultado, o Marcos faz essa função por dentro, vejo o Braga por fora, não por dentro, de pensar jogo, e por isso a escolha. Hoje não funcionaram, mas já funcionaram pelos resultados que a gente teve”.
Marinho mal
“Questão de atitude eu não posso reclamar de nada, esses caras correram demais. Ele passa a ser a chave a ser marcada, ele não está tendo espaço, não estamos conseguindo criar para ele ser esse jogador, na hora que o conjunto melhorar, com certeza, ele vai voltar a fazer gols”.
Madson suspenso
“Ainda não pensei. Amanhã é outro dia, eu acordo, começo a pensar no jogo. Hoje, ainda é entender o que foi esse jogo, o que podemos melhorar para não acontecer na quarta-feira”.