Corinthians atinge marca negativa como visitante e se torna quase inofensivo longe de Itaquera

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A derrota do Corinthians para o Flamengo, no Maracanã, nessa quarta-feira, não pode ser considerada uma novidade, tampouco um acidente de percurso.
Além de ter sido o quinto revés seguido diante dos rubro-negros, que já não perdem para o Timão há nove encontros, foi o sétimo compromisso consecutivo do Corinthians, fora de casa, em que a vitória não veio.
A marca expressiva não acontecia há dois anos. Em 2019, entre 5 de outubro e 1º de dezembro, o alvinegro chegou a ficar oito jogos sem vencer longe de Itaquera, no Campeonato Brasileiro. Na ocasião, foram cinco derrotas (São Paulo, CSA, Flamengo, Botafogo e Atlético-MG) e três empates (Grêmio, Goiás e Palmeiras).
De lá para cá, a atual sequência como visitante é a pior do clube, com quatro derrotas (Sport, São Paulo, Atlético-MG e Flamengo) e três empates (Atlético-GO, Bragantino e Internacional), equivalente a um aproveitamento de 14,2% dos pontos disputados no período.
Além dos resultados, a postura do Corinthians é o que mais tem gerado críticas. Se na Neo Química Arena o time está invicto há nove jogos e vive uma série de seis vitórias seguidas, as atuações nos campos adversários neste segundo turno são difíceis de explicar.
Nos últimos quatro duelos, por exemplo, frente a Flamengo, Atlético-MG, Internacional e São Paulo, os comandados de Sylvinho acertaram apenas seis bolas no alvo, o que dá uma média de um chute no gol a cada 60 minutos, isso sem contar os períodos de acréscimos das partidas.
No Rio de Janeiro, Sylvinho tentou explicar o motivo do Corinthians se apresentar de maneira tão diferente dentro e fora de casa, neste momento do campeonato.
“Passamos o primeiro turno inteiro respondendo ao contrário: por que o time do Corinthians performa fora, era o segundo ou o terceiro melhor visitante, e por que não performa em casa? Isso é um time que constrói. Isso é um time que está buscando identidade, Chegaram peças, perde um time mais mecânico, ficou um time mais técnico, muitas vezes você pressiona menos, e tem outras variáveis. A variável não é só esse, de você pegar seis, sete jogos e tirar do contexto. Também tem verdade de que temos de analisar quem são esses seis, sete time. Não pode tirar de contexto. Mas, sim, estamos buscando um time que ganhe em casa e ganhe fora, é o melhor cenário, mas existe construção e estamos buscando alternativas. Primeiro turno, volto a dizer, respondíamos exatamente ao contrário. Esse é o time que vai se moldando, um campeonato difícil e temos uma posição na tabela muito boa, nesse momento. Isso vai se levar até o fim, rodadas difíceis”.
O Corinthians ainda tem mais duas partidas para fazer como visitante, antes do término do Campeonato Brasileiro: contra Ceará e Juventude.

Números do Corinthians de chutes no gol nas últimas sete partidas como visitante:

Flamengo: 2
Atlético-MG: 0
Internacional: 2
São Paulo: 2
Sport Recife: 3
Bragantino: 8
Atlético-GO: 2