Estudo aponta modelos de gestão financeira dos quatro brasileiros finalistas continentais

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As finais continentais desta temporada apresentam um aspecto especial para o futebol nacional. Todos os clubes que disputarão as decisões são brasileiros, com Flamengo e Palmeiras definindo o campeão do Libertadores, e Athletico-PR e Red Bull Bragantino se enfrentando pelo título da Sul-Americana.
Um ponto em comum entre esses times é a existência de sólidas estruturas de gestão. Com cada um fazendo uso de seu modelo, os clubes contam com administrações financeiras competentes que possibilitaram o alcance do sucesso esportivo dentro de campo.
Segundo estudo da Sports Value em parceria com a Big Data Sports da Argentina, o Flamengo possui um modelo de gestão focado em práticas empresariais. O clube paga dívidas com dinheiro novo e estabeleceu um rígido controle orçamentário para se reestruturar financeiramente e recuperar a credibilidade. Outra estratégia adotada foi a maximização das receitas de marketing, jornada, transferências de jogadores e parceiros.
Com essas e outras medidas, o Flamengo faturou quase US$ 240 milhões (R$ 1,3 bilhão na cotação atual), além de obter US$ 23 milhões (R$ 127,9 milhões) de receita em nove meses através da associação com o Mercado Livre, com uma estimativa anual de US$ 26 milhões (R$ 144,5 milhões). Agora, o clube conta com uma estratégia de expandir a marca inédita para o futebol sul-americano, buscando ser proprietários de times da Europa.
O Palmeiras, por sua vez, vem construindo uma gestão financeira robusta desde a presidência de Paulo Nobre, que injetou recursos com juros baixos para manter o clube economicamente saudável. Outro aspecto importante foi a inauguração do Allianz Parque em 2015, que explodiu os valores de receita do Verdão.
Mais recentemente, o Palmeiras deu início a uma nova era com investimentos da Crefisa, presidida por Leila Pereira, empresária e candidata à presidência do clube. Com sua chegada, houve um aumento na receita com patrocínios, já que a empresa paga quase quatro vezes mais que os patrocinadores rivais. Além disso, a companhia ajuda o Palestra na contratação de jogadores e pagamento de salários, possibilitando uma melhor organização administrativa internamente.
O Athletico-PR tem como diferencial o investimento em ativos, possuindo mais de US$ 264 milhões (R$ 1,5 bilhão) por meio dessa iniciativa. O Furacão também apresenta um controle financeiro rígido e sempre mantém o fluxo de caixa positivo. O clube ainda tem como fonte de receita a transferência de jogadores, já que recebe menos recursos de patrocinadores e de TV do que outros times brasileiros.
Por fim, o Bragantino ganhou destaque no cenário nacional através da compra por parte da Red Bull, em 2018. A empresa implementou o modelo empresarial adotado no RB Leipzig, investiu pesado em jogadores e, atualmente, o clube está avaliado pela Sports Value em US$ 72 milhões (R$ 400 milhões).