Polícia Civil investiga participação de conselheiro em ataque ao ônibus do São Paulo

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A Polícia Civil investiga a participação de um conselheiro do São Paulo no ataque ao ônibus da delegação, antes do jogo contra o Coritiba, no Morumbi, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2020, em janeiro deste ano. A informação foi publicada inicialmente pelo ge e confirmada pela Gazeta Esportiva.
Como o inquérito é sigiloso, o nome do conselheiro não foi revelado. A Polícia Civil agora está focada em reunir provas de que o indivíduo, de fato, esteve envolvido na ação criminosa contra a delegação tricolor.
Uma suposta participação de alguém de dentro do São Paulo passou a ser considerada pela Polícia Civil pelo fato de naquele dia, por conta da forte pressão sobre a equipe, o clube ter escolhido uma rota diferente rumo ao Morumbi, justamente para evitar qualquer tipo de protesto mais ríspido. Porém, mesmo com a mudança de caminho, o ônibus foi atacado violentamente pelos criminosos na ponte Eusébio Matoso, Zona Oeste da capital.
Além dos jogadores e da comissão técnica de Fernando Diniz, entre outros profissionais de apoio, estavam no ônibus o presidente Julio Casares, Raí, então diretor de futebol, e outros membros da diretoria. Na ocasião, 14 pessoas foram presas. A Polícia Militar, que chegou a entrar em confronto com o grupo de criminosos, apreendeu também diversos artefatos, como barras de ferro, pedaços de pau, pedras e bombas caseiras.
Em julho, um dos réus, Rebert Pereira, teve liberdade provisória concedida. Na decisão, o desembargador Willian Campos citou a decisão do juiz de primeira instância pela prisão preventiva do acusado. Nela, a possibilidade de um conselheiro do São Paulo estar envolvido no ataque ao ônibus do clube é apontada.
“Nesse passo, o magistrado a quo decretou a prisão temporária do paciente e outros dois corréus, sob o fundamento de que é possível verificar a existência de indícios de autoria e de materialidade do fato, eis que apurados em tese, a participação de um conselheiro do clube, que passou informações privilegiadas aos agentes, e o bar utilizado por eles para combinar as atividades criminosas”.
No dia anterior, a torcida organizada do São Paulo realizou um protesto em frente ao CT da Barra Funda, na Av. Marquês de São Vicente, mas as manifestações foram pacíficas. Representantes da agremiação negam qualquer envolvimento no ataque ao ônibus que levava a delegação ao estádio do Morumbi.