Leila assume o Palmeiras com a missão de substituir um dos presidentes mais vitoriosos do clube

Esportes
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Nesta quarta-feira, inicia-se uma nova era no Palmeiras. Leila Pereira inicia oficialmente o seu mandato de três anos como presidente do clube. E a missão da empresária não deve ser nada fácil, principalmente pelo legado deixado pelo seu antecessor Maurício Galiotte.
O agora ex-mandatário deixa o cargo como um dos presidentes mais vitoriosos da história do Verdão. De 15 de dezembro de 2016 a 15 de dezembro de 2021, o Alviverde conquistou duas Libertadores (2020 e 2021), um Campeonato Brasileiro (2018), uma Copa do Brasil (2020) e um Paulistão (2020).
E o sucesso não ficou apenas limitado aos gramados. Galiotte também realizou algumas mudanças extracampo enquanto esteve no comando do Palmeiras. A primeira delas foi no estatuto do clube. Ele ampliou o mandato presidencial de dois para três anos e incentivou o retorno do time feminino de futebol, que inclusive chegou à final do Brasileirão em 2021.
Além disso, o administrador também fez o maior investimento da história alviverde na base, o Centro de Formação de Atletas do Palmeiras. E o projeto deu resultado. Nos últimos anos, além de atingir o topo no ranking nacional de títulos e de convocações para as diferentes categorias da Seleção Brasileira, diversos garotos subiram para o elenco profissional, como Renan, Gabriel Menino, Danilo, Patrick de Paula e Wesley.
Galiotte também deixa o clube com uma situação financeira estável, apesar da crise causada pela pandemia da covid-19. O Palmeiras obteve recordes de faturamento, rompendo a barreira dos R$ 500 milhões em 2017 e chegou a R$ 688 milhões em 2018.
Um fator que ajudou esse cenário positivo, aliás, foi a parceria com a Crefisa e a FAM, empresas de Leila. A renovação do contrato com o patrocinador no início de 2019 colocou o Verdão no patamar europeu de patrocínio de camisa, atrás apenas das 10 equipes mais ricas do mundo. No mesmo ano, deu-se início à parceria com a Puma, fornecedora de material esportiva.
A partir desta quarta-feira, portanto, Leila terá a missão de dar continuidade ao trabalho de Galiotte. Após receber 1.897 votos de 2.141 possíveis (houve 244 brancos), ela terá como vice-presidentes Paulo Roberto Buosi, Maria Tereza Ambrósio Bellangero, Neive Conceição Bulla de Andrade e Tarso Luiz Furtado Gouveia. Ela, aliás, será a primeira mulher a presidir o Palmeiras.
A chapa “Palmeiras de Todos”, encabeçada por Leila, é apoiada por Galiotte e foi a única a se inscrever para participar das eleições presidenciais, já que a oposição decidiu não lançar candidatura.
Nascida em Cambuci, no Rio de Janeiro, Leila integra o Conselho Deliberativo do Palmeiras desde 2017. Ela é casada com José Roberto Lamacchia, também conselheiro do Palmeiras e tem 57 anos de idade. Formada em jornalismo e direito, a presidente é gestora de outras 11 empresas, além da Crefisa/FAM.