Covid-19 volta a ameaçar calendário esportivo mundial

O Campeonato Inglês, onde atua o Manchester United, do craque Cristiano Ronaldo, teve algumas partidas adiadas por conta da covid-19 - Foto: Divulgação / Manchester United

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O esporte não é poupado do aumento exponencial de casos ligados à nova variante da covid-19, ômicron. Os jogos adiados no Campeonato Inglês, os times da NBA desfalcados e a preparação para o Aberto de tênis da Austrália em perigo são consequências da ameaça de uma nova paralisação total das competições.

No Inglês, o tradicional Boxing Day (rodada realizada no dia seguinte ao Natal) não teve o seu aspecto festivo habitual, com três partidas adiadas. Dois duelos da 20ª rodada, previstos para amanhã e quinta-feira, já foram adicionados a essa lista.

No total, a Premier League foi forçada a adiar uma dúzia de jogos nas últimas três rodadas, enquanto a Grã-Bretanha enfrenta um número recorde de infecções.

Já o País de Gales decidiu que todos os eventos esportivos devem ser disputados a portas fechadas. Na Escócia, as férias de inverno de três semanas foram antecipadas: começou na segunda-feira, em vez de 3 de janeiro.

Os outros grandes campeonatos europeus serão reiniciados nos próximos dias, e também podem ser afetados pela variante ômicron. Na Alemanha, onde o campeonato nacional de futebol recomeça em 7 de janeiro, todas as competições esportivas acontecerão a portas fechadas.

À espera de Djokovic

Outra vítima potencial é o tênis. O Aberto da Austrália está previsto para começar em 17 de janeiro e três grandes jogadores (Rafael Nadal, Andrey Rublev e Denis Shapovalov) anunciaram que testaram positivo para o coronavírus, lançando dúvidas sobre suas presenças no primeiro Grand Slam do ano.

"Agora tenho que me recuperar e só irei para Melbourne quando isso for seguro para todos", escreveu Rublev no Twitter.

O sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, que se recusa a comentar se está ou não vacinado contra covid-19, vai anunciar antes do final do ano se estará no Aberto. Seus assessores já informaram que ele não estará na ATP Cup (1º a 9 de janeiro), em Sydney, primeira competição do ano.

Para serem autorizados a entrar em território australiano, os jogadores e suas equipes técnicas devem ser vacinados.

O esqui alpino também não está sendo disputado. A americana Mikaela Shiffrin, que lidera a Copa do Mundo feminina, anunciou nesta segunda-feira que testou positivo para covid-19, e por isso não participará da etapa de Lienz (Áustria) amanhã e na quarta-feira.

"Estou bem, mas infelizmente testei positivo para covid-19. Sigo o protocolo e estou isolada", escreveu a estrela da modalidade com 72 vitórias em Copas do Mundo.

NBA e NHL no olho do furacão

Os casos de covid-19 se multiplicaram nas últimas semanas no circuito feminino de esqui, com Lara Gut-Behrami, da Suíça, Alice Robinson, da Nova Zelândia, ou Katharina Liensberger, da Áustria, contaminadas.

Nos Estados Unidos, a NBA segue normalmente por enquanto, mas os times estão ficando desfalcados por casos da doença, com 27 das 30 equipes atingidas pelo coronavírus, segundo dados divulgados no domingo.

Entre elas, o Atlanta Hawks tem 11 jogadores afastados e o Celtics nove. O único consolo é que a NBA permite que os times assinem contratos de curto prazo com jogadores que atuam nas divisões inferiores para cobrir baixas.

Os campeonatos de hóquei no gelo dos Estados Unidos e Canadá tiveram a rodada após o feriado de Natal, programada para esta segunda-feira, adiada amanhã para que a NHL pudesse analisar os resultados dos testes de covid-19.

Os 14 jogos marcados para hoje foram adiados, elevando o número total de partidas remarcadas na NHL nesta temporada para 67 devido à pandemia.