Novo RG mantém campo 'sexo' e nome de registro separado do nome social

Modelo da nova carteira nacional de identidade segue com duas opções de nome para caso de "nome social" e campo "sexo". - Foto: tep/Divulgação

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A nova carteira de identidade nacional (CIN) vai manter a distinção entre "nome de registro" e "nome social" e também o campo "sexo". A decisão desagradou as organizações que representam pessoas LGBTQIA+ que se posicionaram contra o que chamam de "recuo do governo federal".

Em maio passado, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou que as duas determinações que tinham sido adotadas em 2022, durante o governo Bolsonaro, não seriam usadas no novo RG. Um grupo de trabalho, com a presença do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, definiu que haveria a unificação do campo "nome", sem distinção de "nome social" ou "nome de registro", e a exclusão do campo "sexo".

Segundo a secretária política da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) Bruna Benevides, a decisão do governo de manter as duas medidas na carteira de identidade abre brechas para violação de direitos humanos

A Antra fez, em 2022, uma pesquisa sobre a retificação do campo "sexo" por pessoas trans. De acordo com o levantamento, 65% das pessoas trans não conseguiram corrigir o documento por três motivos: altos custos, excesso de burocracia e transfobia institucional dos cartórios.

 

Do G1