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Brasileira desaparece em trilha de vulcão na Indonésia: família denuncia falhas em resgate

Por Denise Emanuele Paz Carvalho

A dançarina Juliana Marins, de 24 anos, natural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, está desaparecida desde a noite desta sexta-feira (20) após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, em Lombok, na Indonésia. A brasileira, que faz um mochilão pela Ásia desde fevereiro, estava sozinha quando se acidentou e teria despencado por cerca de 300 metros, segundo relatos iniciais.

Juliana é artista profissional de pole dance e compartilha rotineiramente suas apresentações nas redes sociais. A viagem, que incluía países como Vietnã, Tailândia e Filipinas, era parte de um projeto pessoal de autoconhecimento e arte, segundo familiares.

A irmã da jovem, Mariana Marins, afirmou em entrevista ao UOL News que houve falhas graves no socorro prestado à brasileira. De acordo com ela, a agência responsável pela trilha mentiu em diversas ocasiões e agiu com negligência durante as primeiras horas do desaparecimento. “A gente teve algumas mentiras vindas da agência que ela contratou. Eles estavam em contato com a embaixada, porque tem uma pessoa local que trabalha lá, mas as informações não batiam. Houve descaso, sim”, denunciou Mariana.

O resgate, que mobiliza equipes locais desde as primeiras horas do sábado (21, horário local), ainda enfrenta dificuldades devido ao terreno íngreme e à instabilidade climática na região do vulcão. Mariana contou ainda que a família passou a madrugada em vigília, pressionando autoridades e tentando coordenar ações com a embaixada brasileira.

Até o momento, o Itamaraty confirmou que acompanha o caso por meio da embaixada em Jacarta e que está prestando assistência consular à família. A agência responsável pela excursão ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.

Enquanto as buscas seguem, amigos e seguidores de Juliana têm se mobilizado nas redes sociais com mensagens de apoio e cobranças por respostas. O caso gera comoção e levanta novamente discussões sobre a segurança em atividades turísticas em áreas de risco, sobretudo envolvendo turistas estrangeiros.

“Queremos nossa irmã de volta. Não vamos descansar até tê-la nos braços novamente”, concluiu Mariana, emocionada.

Por Ricardo Bernardes

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