Com apoio de Bolsonaro, Eduardo trava debate na direita sobre 2026

Eduardo Bolsonaro. - Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Política
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O anúncio do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de que pode ser candidato ao Palácio do Planalto em 2026 teve o respaldo de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo relatos feitos à CNN por dirigentes do partido, nas últimas semanas, Bolsonaro, que está inelegível, vinha se incomodando com discussões na centro-direita para a escolha de um substituto.
Além disso, o ex-presidente vinha sendo pressionado a escolher seu candidato até dezembro deste ano, dando tempo para que o escolhido articulasse apoios partidários com siglas de centro, como MDB e PSD.
O anúncio de Eduardo, na avaliação de deputados bolsonaristas, teve um efeito prático: paralisou o debate por um sucessor.
A aposta é de que, diante da possibilidade de Bolsonaro escolher o filho, as siglas de centro diminuam a pressão sobre o ex-presidente.
Hoje, os nomes favoritos da centro-direita são o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Os dois, porém, só serão candidatos com o respaldo de Bolsonaro.
Apesar da pressão para que decida até dezembro, Bolsonaro tem dado sinais de que não pretende antecipar a sua escolha, o que pode inviabilizar uma candidatura de Tarcísio, por exemplo.
Para ser candidato a presidente, Tarcísio precisaria deixar o comando do Palácio dos Bandeirantes até abril. O comando nacional do Republicanos defende que Bolsonaro tome uma decisão até, no máximo, janeiro.
Segundo dirigentes do partido, caso Bolsonaro arraste a decisão para depois de janeiro, a tendência é de que Tarcísio não deixe o cargo e dispute a reeleição.
A última edição da pesquisa Genial/Quaest mostrou que a rejeição de Eduardo supera a de Lula. E que Tarcísio apresenta baixa rejeição.