São Gonçalo teve desde o início deste ano 381 gestantes notificadas com sintomas do Zika vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O número é 193% maior do que o ano passado, quando o município registrou 130 casos, sendo sete confirmados com a doença. A prefeitura informou que os casos desse ano estão sendo analisados e todas as gestantes estão sendo acompanhadas. Em 2016, Niterói registrou três gestantes diagnosticadas com a doença e que estão sendo acompanhadas. Maricá teve o registro de uma grávida com o Zika. Já Itaboraí não informou quantos casos confirmados ou suspeitos com a doença.
Segundo informou a prefeitura de São Gonçalo, o município não apresenta casos de microcefalia causada pelo zika vírus neste ano e também não tem nenhum paciente em estado grave. As regiões com maior incidência com a suspeita da doença ainda estão sendo mapeadas pela prefeitura. Outro dado fornecido pelo município é o de casos de dengue neste ano, com 319 notificações.
Já a prefeitura de Niterói informou que foram notificados cinco casos de bebês suspeitos com microcefalia, sendo que um já foi descartado. Além disso, não há grávidas ou bebês internados em estado grave por causa da doença. Os três casos de gestantes suspeitas com Zika vírus foram registrados na Engenhoca, Fonseca e Barreto, todas na Zona Norte da cidade. Já em relação a dengue, o município apresentou 135 casos até o dia 15 desse mês.
“Muitas gestantes acham que podem transmitir microcefalia para os filhos porque elas contraíram o zika vírus. Na verdade, a mãe não passa a microcefalia para o bebê. A mãe pode passar o zika vírus, assim como se passa o vírus da rubéola, por exemplo. Vale ressaltar que se vírus atacar a criança, isso pode impedir o perfeito desenvolvimento do sistema nervoso central dela, causando a microcefalia”, disse Paulo Henrique Cesano, infectologista da Universidade Federal Fluminense, ressaltando que a microcefalia pode ser descoberta durante a gravidez, porém, a causa da doença acaba sendo mais fácil descobrir após o nascimento do bebê.
Em Maricá, a secretaria municipal Adjunta de Saúde registrou um caso de uma mulher que teve zika vírus no final da gestação e o bebê nasceu bem, sem sequelas. A maior parte dos casos suspeitos ainda sob análise se concentra nos bairros de Ubatiba e Inoã. Outras 28 gestantes estão sendo monitoradas pela secretaria, mas ainda não há confirmação da doença porque o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Rio de Janeiro, responsável pelas análises, ainda não enviou os resultados. Já em relação a dengue, foram nove casos suspeitos em janeiro deste ano e o município ainda aguarda exames laboratoriais para confirmação.
O município de Itaboraí não informou quantos casos de gestantes foram notificadas com o zika vírus. No entanto, a prefeitura informou que nenhum caso de microcefalia foi registrado até o momento. Com relação ao balanço da dengue, entre 1º de janeiro e 24 de fevereiro foram registradas 314 notificações de pessoas residentes em Itaboraí.
Dúvidas – O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti. Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. As gestantes que tiverem contraído o Zika vírus devem buscar uma Unidade Básica de Saúde para iniciar o pré-natal assim que descobrir a gravidez e comparecer às consultas regularmente.
Já a microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade e sexo. A microcefalia normalmente é diagnosticada no início da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento. As informações são do Governo Federal. Para mais informações, basta acessar: combateaedes.saude.gov.br.
Orientação – Como parte das ações de conscientização e combate ao Aedes aegypti, o Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, promoveu ontem, a palestra “Arboviroses” para 25 funcionários que cuidam da limpeza, higienização e manutenção da unidade. Resultado de parceria com a Prefeitura de Niterói, a orientação foi conduzida pela psicóloga Maria da Glória Moreira, coordenadora de Informação, Educação e Comunicação em Saúde do Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses de Niterói.
381 grávidas com suspeita de Zika
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