Reajustados pela Petrobras desde o dia 6 de dezembro, os preços da gasolina e do diesel ainda não passaram por alteração na maioria dos postos de combustíveis de Niterói. No começo da semana, a empresa anunciou que iria elevar o preço nas refinarias do diesel, em 9,5%, e da gasolina, em 8,1%. Caso o reajuste nas refinarias seja repassado integralmente ao consumidor, o preço da gasolina nas bombas deve aumentar 3,4% ou R$ 0,12 por litro, em média. Já no diesel, o aumento do preço final pode chegar a 5,5%, ou 0,17% por litro.
Em grande parte dos postos, o preço vem se mantendo estável. Essa realidade, contudo, deve passar em breve por mudanças e o aumento deve começar a chegar às bombas já na semana que vem. De acordo com o gerente Leonardo Pereira, é esse o caso de um posto na Av. Rio Branco, no Centro. Até esta quinta-feira (8), o litro do diesel custava R$ 3,29, e o de gasolina, R$ 3,69.
“Com o reajuste, vamos ter que aumentar com certeza. É uma questão de tempo, até comprarmos o combustível. Se passarmos esse valor de R$ 0,12 para a bomba, não vamos conseguir vender nada. O jeito vai ser reduzir a margem de lucro. Nos últimos quatro meses não tivemos grandes alterações no preço”, afirmou.
Alessandro Martins é gerente de um posto Petrobras, em que o reajuste chegou mais cedo, por fazer parte da rede ligada à empresa estatal. Por lá, o preço da gasolina foi de R$ 3,89 para R$ 3, 99.
“O cliente reclama, né? Mas não temos o que fazer. Para não perdermos toda a clientela, repassamos só R$ 0,10 desse reajuste”, relatou.
O reajuste dos combustíveis nas refinarias foi decidido, de acordo com a Petrobras, devido ao aumento observado nos preços do petróleo e derivados e a desvalorização da taxa de câmbio.
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência no Estado do Rio de Janeiro (Sindestado-RJ) não acompanha nem monitora preços, sendo livre o mercado de combustíveis em nosso país.
Com relação aos novos percentuais anunciados pelo governo, seu impacto irá se refletindo nos próximos dias, caso a caso, conforme cada posto for recebendo novos estoques, e dependendo dos contratos de fornecimento com cada distribuidora.
O Sindestado-RJ ressalta que, logo antes do consumidor final, os postos são o último elo da cadeia de abastecimento, uma vez que os combustíveis saem das refinarias, passam pelas distribuidoras e, só então, são levados aos Postos.