Recentemente observei um debate nas redes sociais a respeito do uso de vitaminas para a prevenção de doenças em pacientes saudáveis.
A discussão parecia ter sido iniciada por conta de uma publicação recente em uma revista importante na área médica que avaliou diversas outras publicações cientificas e chegou à conclusão de que o uso de vitaminas nunca surtiu efeito algum no sentido de prevenir doenças e que no caso do beta caroteno, vitamina E e altas doses de vitamina A podem até ter feito mal.
A notícia é verdadeira e tem fundamento. Só que ao contrário do que todos pensam não é nada nova!
Há pelo menos uns 2 anos que algumas revisões de diversos trabalhos, com um número grande de pacientes, acompanhados por muito tempo, vêm mostrando isso de maneira cada vez mais contundente.
Um editorial na revista “Annals of internal Medicine” (uma revista conceituada no meio médico) de 2013 foi muito enfática em recomendar a abolição do uso de complexo multivitamínicos e anti-oxidantes e especialmente o beta caroteno, vitamina E e vitamina A em pacientes saudáveis.
O título do artigo é “Parem de gastar dinheiro com vitaminas e suplementos orais”.
Quero deixar claro que estamos falando de pacientes saudáveis.
As vitaminas são necessárias em pacientes desnutridos ou que apresentam uma deficiência específica de alguma delas.
Devo confessar que concordo com tudo isso...
Acho que a praticidade de tomar algo com a promessa de vida longa ao invés de gastar horas numa academia é muito tentadora e ficamos com a consciência limpa.
O mais impressionante é que tudo isso parece ser verdade mesmo nas pessoas que usam a má alimentação para justificar seu uso e assim, continuar a se alimentar mal.
Como se diz no jargão popular, “não existe almoço grátis”. Tudo que vem fácil costuma ir fácil ou não funcionar...
Procure uma nutricionista e troque a conta da farmácia pela do hortifrúti. Com certeza te deixará mais saudável.