Cidades brasileiras entram no combate à mudança do clima

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Mais de 80% da população brasileira vive no ambiente urbano

Divulgação/EBC

Num cenário em que mais de 80% da população brasileira vive no ambiente urbano, as cidades assumem papel de protagonistas na implementação de ações sustentáveis e no enfrentamento às mudanças climáticas. Nesta quinta-feira (25), em Fortaleza, gestores municipais, pesquisadores e entidades nacionais e internacionais debatem as responsabilidades, os desafios e as oportunidades dos governos locais diante dessa realidade.

A 2ª Jornada sobre Cidades e Mudanças Climáticas ocorre após a 21ª Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21), realizada em dezembro de 2015, na França, quando os governos estaduais e municipais foram considerados atores fundamentais na construção de ações sustentáveis no ambiente urbano.

“O engajamento dos governos locais foi acontecendo paulatinamente nos últimos cinco, dez anos. Começamos a ver algumas prefeituras tomando à frente em ações, fazendo inventários de emissões de gases [de efeito estufa] e começando a discutir o que pode ser feito para assegurar que a qualidade de vida da população não seja tão impactada pela intensificação dos desastres naturais”, disse o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Ritll.

Esse engajamento, segundo Ritll, não passa somente pela adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Para ele, as cidades precisam com urgência realizar ações para mitigar a emissão de gases de efeito estufa, que agravam o aquecimento global.

Como exemplo dessa urgência, Ritll lembrou que 30% das cidades brasileiras decretaram situação de calamidade devido a desastres naturais. No Ceará, segundo Observatório do Clima, 83% dos municípios estão em emergência por conta da seca, que já se estende pelo quinto ano seguido.