Comércio exterior: podemos crescer mais

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É censo comum que as crises abrem novas oportunidades. Nesses momentos, o empreendedor se debruça diante da realidade e, como num jogo de xadrez, traça suas estratégias para crescer mais. Para entender melhor o atual estágio das empresas fluminenses frente ao mercado externo, o Sistema FIRJAN acaba de lançar o Diagnóstico de Comércio do Estado do Rio, no qual registra as expectativas do empresariado em relação ao mercado internacional.
 
Produzido de dois em dois anos, o boletim constatou que as empresas exportadoras de produtos e serviços fluminenses e as importadoras de matérias-primas ou produtos estrangeiros estão cautelosas em relação ao crescimento dos seus negócios este ano. E os principais motivos para essa cautela continuam sendo os entraves operacionais de órgãos públicos que atuam no setor.
 
Para as empresas exportadoras, a burocracia alfandegária ou aduaneira (29%), a burocracia tributária (15%), seguido pelos custos de competitividade (11%) e custos de frete internacional (10%) são os principais entraves a serem combatidos pelo governo. Se essas dificuldades fossem superadas, a grande maioria dos empresários considera a possibilidade de crescimento.
 
O pensamento é recorrente entre as empresas importadoras, que apontaram a burocracia alfandegária/aduaneira (63%) e os custos tributários (59%) como principais entraves para aumentar as importações. A atuação de órgãos como a Receita Federal, ministérios da Saúde e da Agricultura e autoridades portuárias também afeta negativamente as operações.
 
Também o programa Portal Único de Comércio Exterior, que seria a grande solução do governo para a questão da burocracia, ainda é desconhecido por 64% das exportadoras e importadoras do estado.
 
Por sua vez, o Sistema FIRJAN, em seu Mapa de Desenvolvimento do Estado 2016-2025, elenca as prioridades para a melhoria do ambiente de negócios para o comércio exterior: eliminar a carga tributária sobre exportações de bens e serviços, aprimorar os mecanismos de defesa comercial brasileiro, fortalecer e diversificar os acordos econômicos-comerciais do Brasil, simplificar e agilizar processos para o comércio exterior, e ampliar o acesso ao mercado internacional pela indústria do Rio.
 
Com empresas exportadoras e importadoras de destaque, o Leste Fluminense se mantêm firme na terceira posição (7%), atrás da Capital e da Baixada, e tem nos Estados Unidos um dos principais destinos. Podemos crescer mais, basta reduzir a burocracia estatal.