Hábitos simples contra doenças

Com a mudança de temperatura, a gripe e o resfriado que atingem a população podem ser evitados

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O inverno começa neste domingo (21) e é justamente nesse período que aumenta a circulação dos vírus da gripe. Para evitar a doença, o diretor de vigilância de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, orienta que é fundamental manter medidas simples de prevenção, como lavar as mãos várias vezes ao dia e evitar contato com pessoas contaminadas. Em 2015, o inverno vai até o dia 20 de setembro, quando se inicia a primavera.

Cláudio Maierovitch ensina o que a pessoa com gripe ou resfriado deve fazer ao espirrar para não transmitir a doença. “A gente recomenda que se cubra a boca e o nariz com o braço na dobra do cotovelo justamente pra que se evite um jato de gotículas e que não se contamine as mãos. Se a pessoa estiver preparada com uma caixa de lenço de papel, ela pode usar o lenço de papel de forma que após o uso ele é jogado fora, mas é muito importante que em seguida lave bem as mãos”, orienta.

Outra medida para evitar o contágio do vírus da gripe é não compartilhar objetos de uso pessoal, conforme explica o diretor Cláudio Maierovitch: “Esses objetos podem ser facilmente descontaminados, sendo lavados com água e sabão, mas de qualquer forma deve-se evitar o compartilhamento de copos, de talhares, de toalhas de rosto, de qualquer tipo de objeto que possa se contaminar com a secreção das pessoas”, ensina.

Além de orientar sobre as medidas de prevenção para evitar a gripe, o Ministério da Saúde, todos os anos, realiza a Campanha Nacional de Vacinação. As pessoas que têm mais risco de desenvolver a doença tiveram prioridade para receber a dose, como gestantes, indígenas, crianças até cinco anos incompletos, idosos e trabalhadores da saúde e do sistema carcerário.

Atenção – Apesar das temperaturas amenas, a prevenção da dengue e outras doenças como a Chikungunya e Zika deve ser mantida e reforçada. O controle durante o inverno é muito importante para garantir uma maior eficácia no combate à doença durante o verão. Os ovos do mosquito Aedes Aegypti podem resistir por mais de um ano, esperando pelo clima quente. Por isso a população deve continuar combatendo o mosquito mesmo no frio.

Rogério Catharino Fernandez, presidente da ABCVP, explica que a incidência, na verdade, é maior no inverno: “O mosquito encontra facilidade para se reproduzir no verão e, com o aumento da população de mosquitos, o vírus circula mais. Então, no inverno, encontramos uma maior população e uma maior taxa de transmissão”.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 745,9 mil casos de dengue entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano. O número é 234,2% maior em relação ao mesmo período de 2014 e 48,6% menor em comparação com 2013, quando na mesma época foram notificadas 1,4 milhão de ocorrências da doença. Este ano já foram confirmadas 229 mortes causadas pela dengue nas 15 primeiras semanas do ano, um aumento de 44,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 158.

O especialista ainda lembra que a prevenção deve ser mantida o ano inteiro, tanto nas épocas de chuvas, devido às melhores condições de proliferação, quanto no inverno. Evitando manter o ambiente propício para o desenvolvimento das larvas (deixando água parada, por exemplo), a tendência é que o número de casos dessas doenças diminua.