Os desafios da OAB frente à crise

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Animado com a grande repercussão da coluna de estreia, na semana passada, falarei, hoje, sobre os desafios da advocacia, através da OAB, e sua importância para a sociedade.  A crise política acentuou o caos financeiro do Estado. A falta de recursos impactou a segurança, o que prejudica a retomada do consumo. A inadimplência gera grave prejuízo ao mercado.

É contra este cenário que trabalhamos. Todos os dias a advocacia combate estas crises, lutando pela efetivação da justiça. Nosso papel é de fundamental importância. Somos escudos da sociedade, sempre.

Os últimos anos foram de profunda recessão. Ainda assim, a OAB conseguiu otimizar recursos e ampliar serviços que auxiliam o advogado e a advogada em seu exercício profissional. Investimos em equipamentos, salas, formação e atualização. Mas ainda há muito a fazer.

A OAB/RJ virou exemplo para o país com um modelo de gestão simples, realizando obras baratas e funcionais, sem o luxo que criticamos no Poder Público. Conseguimos entregar 43 sedes para as subseções e um espaço enorme no Centro do Rio, a Casa das Prerrogativas.

O Recorte Digital continua facilitando o acompanhamento dos nossos prazos de forma segura. Cada advogado ou advogada pagaria ao menos 80 reais por mês para qualquer empresa do mercado. Com o avanço da tecnologia, queremos que ele se torne um painel de administração do escritório no celular. Simples e ágil.

Nosso papel é criar ferramentas para retornar em serviços e benefícios a anuidade que pagamos com suor. Há muito para avançar. Precisamos retomar projetos de assistência que protejam profissionais que não conseguem colocar o pão na mesa de casa, entendendo que boa parte das dificuldades enfrentadas são culpa da ineficiência do Poder Judiciário.

Temos que ampliar a representatividade das mulheres, e além da busca de 50% de cargos e funções de destaque, apoiar iniciativas que combatam o assédio, a diferença salarial e o racismo.
 
Trabalhamos todos os dias para combater as violações dos direitos, as chamadas prerrogativas profissionais. Nossa luta virou projeto de lei e queremos que essas violações sejam tipificadas como crime.

Incentivamos milhares de colegas a qualificarem-se para a defesa de nossas prerrogativas e montamos um escudo contra os arbítrios. Retomaremos a autoestima de nossa classe e alcançaremos a valorização de nossa profissão.

Somos homens e mulheres trabalhando todos os dias para construir uma entidade que guarda a constituição e efetiva a Justiça. Lutando pelas nossas bandeiras, com a força e união de uma classe que precisa ser, cada vez mais, forte e unida o suficiente para defender, não a si apenas, mas sobretudo a sociedade, a razão de existirmos.