O Comerciante em foco

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Desde 1953 o Dia do Comerciante é comemorado em 16 de julho, por ser a data de nascimento de José da Silva Lisboa (1756-1835), o visconde de Cairu, personagem decisivo para o desenvolvimento econômico nacional por ter influenciado a Corte portuguesa a abrir os portos brasileiros às nações amigas.
 
Trata-se de um bom momento anual para que se destaque a fibra, a persistência e a tenacidade do comerciante que se estabelece em nosso país.
 
Lançar-se à aventura do empreendedorismo já é por si só, caminho tortuoso, cheio de riscos, perigos e armadilhas de toda natureza. Em qualquer lugar do mundo é assim, porém aqui, em nosso querido Brasil, ser empreendedor é muito difícil.  A começar pela visão absurda, atrasada e equivocada que muitos cidadãos e governantes ainda têm, segundo a qual o empresário seria alguém “mau”, que só visa lucrar a todo custo, devendo portanto ser desestimulado, criticado, fiscalizado e combatido ao máximo.
 
A esta altura, o colega comerciante que me lê deve estar se recordando de quantas e quantas vezes ao longo da vida não sentiu – e duramente -- esse verdadeiro preconceito que ainda existe em nossa cultura.
 
No Brasil o empreendedor, especialmente o pequeno comerciante, sofre todo tipo de cerceio às suas atividades. Por mais que procure respeitar o cipoal de leis, decretos e resoluções que de todos os lados tentam lhe impor como gerir seu negócio, a cada passo que ele der, digamos modernizando seu estabelecimento ou mesmo tentando amplia-lo, já sabe: estará cercado por um mar de fiscais e sujeito a incontáveis multas e autuações, e independentemente de tudo isto precisará declarar e descrever cada pequeno movimento que der – e, é claro, pagará por isto, como se sua simples existência fosse um estorvo a ser aceito, a contragosto, pela comunidade na qual está inserido.
 
É uma absurda inversão de valores, pois é justo esse pequeno empreendedor que responde pela maior parte da geração de empregos, da distribuição de rendas e do recolhimento de impostos em nosso país. Não obstante, esse pequeno empresário continua a ser visto de forma caricatural, como se fosse um insensível senhor de engenho de tempos antigos.
 
Esperamos que o andar do progresso, por si só, extirpe esses equívocos. Enquanto isso, fazemos questão de parabenizar a todos os heróis do Comércio em nosso país e, especialmente, em nossa querida Niterói.