A energia elétrica é um insumo indispensável para a produção industrial e pode representar mais de 40% dos custos de produção. Por isso, um fornecimento com qualidade e com preços mais baixos são de extrema importância para a competitividade do país.
O custo médio da energia para a indústria fluminense é o segundo mais caro do país (R$ 633,31 por MWh), segundo o estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
Para se ter uma referência, o setor industrial do Rio de Janeiro paga pela energia um valor 30% superior à média nacional (R$ 487,48 por MWh), sendo inferior somente ao Pará, e muito acima dos estados vizinhos competidores. Com isso, competir com outras indústrias que estão localizadas em ambientes com menor custo da energia é um desafio.
Quando falamos na duração das interrupções de fornecimento, Niterói e São Gonçalo ficaram em 16,8 e 17,9 horas, respectivamente, enquanto que no Brasil a média é de 15 horas.
Sabemos que a tecnologia está presente na maioria dos equipamentos e processos produtivos. Porém, essa oscilação de energia elétrica desliga todo o processo de produção, causando prejuízos incalculáveis. Isso tem levado muitas empresas a gerar sua própria energia, garantindo a qualidade a um menor custo.
Outro problema que precisa ser superado são os chamados “gatos” ou furtos de energia. As fraudes na medição podem atingir mais de 30% do consumo das concessionárias, que sofrem dificuldades para atuar em áreas de risco.
Para reverter esse panorama, a Federação defende a adoção de medidas que criem condições para o desenvolvimento de um mercado de energia elétrica com qualidade e preço diferenciado, além de ações para combate aos furtos e a redução da alíquota de ICMS para o mesmo patamar dos principais estados industriais.
Este ano, algumas distribuidoras negociaram a extensão de seus contratos de concessão e a ANEEL alterou os parâmetros de cálculo da qualidade, com o objetivo de ampliar investimentos na rede de distribuição que possam melhorar seus indicadores. E, até 2018, torcemos para que os resultados dessas medidas sejam sentidos pelos consumidores.
Desde 2010, a FIRJAN acompanha o cenário energético no Brasil e no mundo e elabora estudos, o que nos permite estabelecer objetivos e propostas para atender ao gargalo identificado pelo setor industrial no Mapa do Desenvolvimento do RJ 2016-2025.
O estado do Rio de Janeiro ainda tem muito a avançar no tema qualidade e custo da energia, de modo a remover um entrave para o desenvolvimento industrial.
É preciso prosseguir de forma mais acelerada, em especial nos municípios com piores índices, buscando um equilíbrio regional, que atrairá investimentos, trará mais desenvolvimento socioeconômico e uma melhora no ambiente de negócios.
O peso da energia elétrica
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