Aposto que você nunca imaginou como a obesidade e a febre poderiam ter algo em comum! Leia esse artigo e entenderá que faz todo o sentido. Porém devo lembrar que é apenas mais uma teoria que tenta explicar porque é tão difícil perder peso e mesmo quando conseguimos, porque o recuperamos tão facilmente.
Primeiro explicaremos o que é a febre; nosso corpo tem um “termostato” que fica numa região do cérebro chamada hipotálamo. Em condições normais, esse “termostato” está regulado para uma temperatura de 36 graus Celsius. Sempre que a temperatura do nosso corpo cai abaixo de 36 graus, vai para 35 por exemplo, acionamos os mecanismos de aquecimento: sentimos frio, procuramos ambientes mais quentes, nos enfiamos de baixo do cobertor e começamos a tremer de frio numa tentativa de gerar calor através do músculo. Assim que nossa temperatura vai chegando perto novamente dos 36 graus (a temperatura do “termostato”) esses mecanismos vão sendo desativados gradualmente e tudo volta ao normal. O inverso acontece quando a temperatura corporal sobe, para por exemplo 37 graus.
A febre nada mais é do que uma pane desse nosso “termostato”. Algumas substâncias geradas no combate a uma infecção fazem com que aconteça uma desregulação do “termostato” e o que era considerado quente, 38 graus por exemplo, passa a ser considerado normal! Nosso corpo vai acionar o modo aquecimento e fazer “das tripas coração” para chegar ao 38. E é por isso que banho gelado ajuda pouco. Tão logo você sai do chuveiro seu corpo vai mandar você se aquecer. Somente um antitérmico ou a cura da infecção irá colocar o termostato no ponto certo.
E o que isso tem a ver com ganhar ou perder peso?
Da mesma maneira como acontece com a febre, temos um “termostato” para nosso peso. E parece que esse “termostato” fica também na mesma região que o da temperatura, o hipotálamo. É ali que nosso cérebro armazena nosso peso normal ou “habitual”.
Temos algumas maneiras de controlar nosso peso; fome, saciedade, metabolismo basal, metabolismo durante a atividade.
Seguindo na mesma linha da febre, quando ganhamos peso, nosso cérebro vai ativar o modo “perder peso”, diminuindo a fome, aumentando a saciedade, aumentando o metabolismo basal e nos fazendo mais ativos.
De maneira oposta, quando perdemos peso acionamos todos os mecanismos para voltarmos para o nosso peso normal. Temos fome, a saciedade diminui, nosso metabolismo basal diminui e ficamos menos ativos. Assim vivemos uma regulação constante do nosso peso!
A obesidade é justamente uma desregulação do “termostato” do peso. Nosso cérebro passa a considerar “normal” pesos cada vez mais elevados e também vai fazer “das tripas coração” para chegar lá.
É por isso que perder peso é um sacrifício e voltar ao peso original é muito fácil. A dieta é parecida a um banho gelado para tratar febre!
E então vem a próxima pergunta. Por que o meu “termostato” desregulou? Por que, cargas d’água, meu cérebro está achando que meu peso “normal” é esse peso todo?
Ao que tudo indica, isso se deve a uma inflamação crônica no hipotálamo, o nosso “termostato”. Essa inflamação parece começar quando comemos gordura saturada, a de origem animal, em excesso durante um longo período de tempo ao longo da vida da gente. E como todo rio corre para o mar, você sabe o que parece ser o melhor “anti-inflamatório” para colocar nosso “termostato” no lugar?
Atividade física, isso mesmo! Atividade física feita diariamente e por muito tempo vai ajustando nosso hipotálamo e o colocando no ponto certo.
É por isso também que quando fazemos atividade física as vezes perdemos mais peso do que a própria atividade física queima em calorias. É por que ajustando nosso “termostato”, nossa fome, saciedade e metabolismo vão se ajustar no sentido de perde peso.
Obesidade e febre. O que têm em comum?
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