Caros amigos e amigas, queria aproveitar ainda o feriado da Páscoa para retomar uma reflexão que já havia proposto aqui à época do Natal, ao lembrar das injustiças cometidas contra o Jesus, e a necessidade de lutarmos de forma intransigente pelo direito de defesa, para evitar que continuemos cometendo barbáries como a crucificação de Cristo.
É fundamental, para isso, recordarmos que o crime contra Jesus se deu após um julgamento ilegal, à margem da lei vigente, sem provas, sem direito à defesa, ao contraditório e a qualquer tipo de recurso, além de ter havido a aplicação da pena capital, que não correspondia ao crime pelo qual Jesus havia sido acusado.
Jesus foi ilegalmente preso e interrogado. Não teve direito a testemunhas de defesa. Outra ilegalidade foi a prisão, às 23h de uma quinta-feira, desrespeitando os preceitos legais judaicos, bem como o julgamento, à noite e às pressas, tudo contra a legislação vigente.
As testemunhas, arregimentadas pelo próprio juiz, eram falsas. Os juízes tinham interesses na causa e não havia prova para condenação, pois à época o réu só poderia ser considerado culpado mediante o depoimento de, pelo menos, duas testemunhas.
Jesus não teve advogado. Acabou, por decisão de Pilatos, condenado por uma instância popular, o que não raro acontece hoje, quando o Judiciário, ignorando o dever de ser contramajoritário, atropela o Direito e promove injustiças.
Creio que estejam aí, expostos, motivos suficientes para que a gente tenha em mente a importância do direito de defesa e do estado de Direito.
A Ressurreição
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