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Setor espera receber muitos turistas do exterior, mas acredita que 80% do público seja nacional. Até o momento, 50% dos quartos já foram reservados
Foto: Marcelo Horn/Divulgação
Uma festa carioca para um público majoritariamente brasileiro é o que espera a Associação de Hotéis do Estado do Rio (ABIH-RJ) para a virada 2017/2018, no Rio de Janeiro. Segundo o órgão, 50% dos quartos já estão reservados, e a estimativa é de que 80% do público seja nacional. A expectativa é de que mais de 90% dos quartos sejam ocupados. Esse é um resultado considerado positivo, visto o aumento da oferta de leitos nos últimos anos.
O secretário de Turismo Nilo Sergio Felix reconhece a importância da festividade para o setor e destaca ainda a procura dos turistas pelas comemorações no interior.
O Réveillon do Rio de Janeiro, sem dúvidas, é um espetáculo de dimensões internacionais, que impacta diretamente na economia de todo o Estado. Além da cidade, que recebe, aproximadamente, mais de dois milhões de pessoas na Praia de Copacabana, o interior não fica atrás. Diversos municípios apresentam grandiosa programação com queima de fogos e variadas atrações musicais – disse o secretário.
Segundo a ABIH-RJ, hotéis instalados nos bairros mais visados para a virada do ano, como Leme, Copacabana e Ipanema, já trabalham com uma ocupação de 75%. A Barra da Tijuca registra 70% e o Flamengo, 60%.
Novo calendário – O novo calendário de atrações Rio de Janeiro a Janeiro, que começa neste Réveillon, promete um ano agitado para o setor. A previsão é de que o programa aumente em 20% o fluxo de turismo, gerando R$ 6,1 bilhões e 170 mil empregos.
O calendário foi idealizado por empresários do setor de entretenimento, com o apoio do Estado e da Prefeitura do Rio. Entre os eventos estão o Réveillon de Copacabana, Carnaval de Rua, Desfile das Escolas de Samba, Comida di Buteco, Abertura do Campeonato Brasileiro, Maratona do Rio, Rio Gastronomia e Rio Oil & Gas.
Violência causa prejuízo ao turismo
O turismo no Rio de Janeiro perdeu R$ 657 milhões em consequência da criminalidade entre janeiro e agosto deste ano. O dado é parte de um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O montante equivale ao faturamento de 8,9 dias do turismo local. O segmento de bares e restaurantes sofreu mais da metade do prejuízo: R$ 332,1 milhões. Também tiveram perda os segmentos de transportes, agências de viagens e locadoras de veículos (R$ 215,5 milhões, ou 32,6% do total); hotéis, pousadas e similares (R$ 97,7 milhões, ou 14,8%) e atividades culturais e de lazer (R$ 14,7 milhões, ou 2,2%).
A violência foi responsável por 29% da perda total de faturamento do setor no período, que chegou a R$ 2,3 bilhões. O turismo também sofre impacto de outros fatores, relacionados à conjuntura econômica.
Para Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, a piora do mercado de trabalho brasileiro até o início de 2017 limitou a capacidade de consumo por parte dos turistas nacionais, que reduzem os gastos com lazer para equilibrar o orçamento familiar. “E, mesmo com a reação lenta do emprego e a queda da inflação nos últimos meses, ainda não vemos efeitos da retomada na demanda por serviços turísticos”, disse.
Segundo estimativa da CNC, para cada aumento de 10% na criminalidade, a receita bruta das empresas que compõem a atividade turística do Estado recua, em média, 1,8%. O estudo identifica que a sensibilidade ao aumento da violência no Estado é maior nos segmentos mais dependentes do turismo, tais como hospedagem (-1,9%) e transporte (-2,0%).
Já nos segmentos de alimentação e serviços culturais e de lazer, mais ligados à prestação de serviços a residentes, o aumento de 10% na criminalidade no Estado reduz suas receitas em 1,7% e 1,5%, respectivamente.
De janeiro a setembro de 2017, o setor perdeu 10.237 postos de trabalho com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, a perda havia sido menor: 6.823 postos.
Setor hoteleiro está otimista
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