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Ellen Gonçalves e o filho, o paratleta Caio Gonçalves, participaram do desfile que celebrou a inclusão na Praia de Icaraí
Divulgação / Bruno Eduardo Alves
Quem passou pela Praia de Icaraí na manhã do último sábado (17) deve ter notado uma movimentação diferente. O calçadão, em frente à Rua Miguel de Frias, foi palco do Desfile de Moda Inclusiva, uma iniciativa que integra a Agenda do Mês da Mulher, da Prefeitura de Niterói. O evento, focado na inclusão social, foi também de diversidade: pela passarela passaram pessoas com e sem deficiência.
A coordenadora municipal de Acessibilidade, Tânia Rodrigues, ressaltou a importância da união de várias secretarias para montar um evento inclusivo, pensado para celebrar o Mês da Mulher. “A Acessibilidade está mostrando, hoje, o potencial da pessoa com deficiência, da pessoa idosa.
Nós também temos uma vida, também participamos da sociedade. Esse clima alegre mostra isso, que somos pessoas comuns. Estamos em junção de esforços com a Coordenadoria dos Direitos das Mulheres e com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico”, pontuou.
A passarela recebeu pessoas com e sem deficiência e até um cachorro com deficiência nas patas traseiras. O importante era que todos se sentissem incluídos. Deficiente auditiva, Ketelen de Jesus, de 11 anos, encantou a plateia logo no começo do desfile. Com jeito tímido e olhos expressivos, agradeceu, em libras, a presença de todo o público.
“Me sinto muito bem, amo desfilar porque estou com meus amigos, me divertindo. É a minha segunda vez”, contou. Acostumada com o filho no foco das atenções, Ellen Gonçalves, de 35 anos, mãe do paratleta Caio Gonçalves, de 18, teve uma experiência diferente nesta manhã e também cruzou a passarela. Os dois vestiram o único uniforme adaptado pa ra paratletas do mundo. “Norma lmente desfila só ele. Dessa vez, como faz parte do mês da mulher, fui convidada para entrarmos juntos, usando o uniforme adaptado para os paratletas e trazendo a tocha olímpica”, relatou. A estilista Silvana Louro se dedica, há cinco anos, a criar peças de vestuário que se adaptem às necessidades das pessoas com deficiência. “Já tivemos várias edições de desfiles, mas essa é a primeira vez que a gente vem pa ra a r ua, mostra r o nosso trabalho. A moda i nclusiva é pa ra todos”, explicou.
Antes de desfilarem, todos os modelos passaram pelas mãos da cabeleireira Milzana Azevedo e da maquiadora Eliana Petrassi. A programação contou, ainda, com a performance “Isto Também é Violência”, e do grupo de dança “Corpo em Movimento”, da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef).
Acessibilidade e inclusão em evento no calçadão
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