Alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) de São Gonçalo, em Neves, deram início, na tarde de segunda-feira, à ocupação de mobilização e conscientização do corpo discente sobre deficiências no ensino nacional. O movimento também é em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 - que estava marcada para ser votada nesta terça-feira (25), em segundo turno, na Câmara dos Deputados, em Brasília - como uma de suas principais pautas. O início da ocupação foi decidido durante assembleia, que ainda optou por permitir o funcionamento dos setores financeiro, RH, direção e terceirizados. A instituição gonçalense se junta aos mais de 80 IFRJs que, ao longo dos últimos 15 dias, vêm sendo ocupados no País.
O IFRJ São Gonçalo será, no próximo domingo, local de votação no segundo turno das eleições. Segundo os alunos, eles teriam negociado com um representante do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) para permanecer em um espaço que não seja usado no dia eleitoral e não prejudicar a votação.
Em sua sede gonçalense, o instituto oferece cursos de química e segurança do trabalho. Na madrugada de terça-feira, cerca de 15 alunos dormiram no local. Durante o dia, mais de 100 pessoas, em sua maioria alunos, circularam pela instituição.
Procurado, o TRE-RJ não retornou o contato para esclarecer se está negociando com os alunos a liberação do espaço durante o domingo de votações.
Através de nota, o MEC reafirmou que “o direito de protestar é legítimo, é a base de um estado democrático. No entanto, salienta que a Constituição Federal garante a livre manifestação e assegura que a educação é um direito de todos. E que ninguém deve impedir o direito dos jovens ir à escola”. O Ministério informou, ainda, que a Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada e estuda as providências jurídicas cabíveis.
(Com Agência Brasil)