Aos 92 anos, morre o advogado e militante Manoel Martins

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Símbolo de resistência, militante chegou a ser preso no Caio Martins após o golpe militar de 64

Foto: Arquivo

O advogado e militante niteroiense Manoel Martins morreu na tarde desta terça-feira (9), aos 92 anos. Filiado ao PSOL desde 2007, o idoso faleceu em uma casa de repouso - local onde estava internado devido a diversas complicações e infecções relacionadas à idade - em Maria Paula, zona norte de Niterói. Manoel Martins deixa cinco filhos e mais de 10 netos.

O velório será realizado às 17h desta terça-feira (9), na Câmara de Vereadores de Niteró onde na sessão extraordinária desta terça-feira os vereadores o homenagearam com um minuto de silêncio em respeito à sua memória. Na quarta-feira (10), seu corpo será enterrado no Cemitério do Maruí, no Barreto, em horário ainda não confirmado.

Memória - Em nove de abril de 1964, Manoel Martins foi detido pelo regime militar. Seu escritório, localizado na Avenida Ernani Amaral Peixoto, no Centro de Niterói, foi invadido pelos militares, que prenderam o ex-militante e ex-advogado de diversos sindicatos do Estado do Rio de Janeiro.

Após passar pelo reduto de repressão da Marinha, na Ponta d'Areia, e pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), foi levado, no dia 20 de abril de 1964, para o Estádio Caio Martins, onde permaneceu até julho do mesmo ano. Durante seus três meses de cárcere, mais de 1.200 pessoas passaram pelo local.


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