Ações contra o tráfico de drogas em Niterói

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Policiais do 12º BPM (Niterói) abordaram motociclistas, na manhã desta terça-feira (16), durante uma blitz com objetivo de coibir a ação de traficantes e assaltantes na Rua Noronha Torrezão, no Cubango, na Zona Norte de Niterói

Marcelo Feitosa

Policiais civis fizeram nesta terça-feira (16) uma operação para prender suspeitos de tráfico de drogas e de armas na Região Metropolitana do Rio. Pelo menos 26 mandados de prisão foram cumpridos no Rio, Niterói e São Gonçalo, além da Baixada Fluminense, por 400 policiais civis de diversas delegacias e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Nos bairros do Caramujo, em Niterói, e Salgueiro, em São Gonçalo, estão instalados, segundo os policiais, alguns dos principais pontos de distribuição de drogas e armas da maior facção criminosa do Estado. O faturamento mensal da quadrilha ultrapassa R$ 7 milhões.

Segundo a Polícia Civil, as pessoas são suspeitas de integrar a facção criminosa que controla a maior parte dos pontos de venda de drogas no Estado do Rio de Janeiro. A investigação da Delegacia de Vicente de Carvalho (27ª DP), que durou oito meses, identificou os líderes do grupo e fornecedores de armas e drogas.

O delegado Felipe Curi, da Delegacia de Vicente de Carvalho, 27ª DP, foi um dos responsáveis pela ação batizada como “Operação Overload”, que teve como objetivo cumprir 65 mandados de prisão. Segundo ele, traficantes como Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP; Luís Cláudio Machado, o Marreta, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, que cumprem pena em presídios federais, seguem comandando a venda de drogas nessas localidades.

“Essa foi apenas a primeira fase da investigação, nosso próximo passo será investigar a parte financeira dessa organização criminosa. O principal objetivo foi desvendar o funcionamento e a identificação dos principais responsáveis pela operacionalização do tráfico de drogas e armas, nas comunidades com atuação da maior facção criminosa do Estado”, disse o delegado.

Policial militar aborda motociclista durante blitz no Cubango

Marcelo Feitosa

Felipe Curi explicou ainda que as drogas chegam de outros estados e são embaladas para serem distribuídas em comunidades que ainda não receberam Unidades de Polícia Pacificadora, como o Chapadão, em Costa Barros, além do Caramujo, na Zona Norte de Niterói, e o Complexo do Salgueiro, em Itaúna, São Gonçalo.

“Não podemos dizer que o Chapadão esteja igualado ao Complexo do Alemão, mas hoje ele é considerado o principal entreposto desta facção. As drogas chegam nessas comunidades e são distribuídas no Estado. Eles adquirem um quilo de cocaína pura por cerca de R$ 14 mil. Depois de trabalhada e embalada, o faturamento gira em torno de R$ 64 mil, gerando um lucro de 350% a esses traficantes. É uma margem muito grande”, completou.

“Nosso trabalho não termina aqui. Daremos continuidade às investigações para identificar e prender outros envolvidos”, garantiu Curi.

(com Agência Brasil)

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