Bicho de sete cabeças

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Lá, é destruição por todos os lados, que começou no Caribe e alcançou os Estados Unidos, furacões, e no México, terremoto. Causou mortes e deixou milhares desabrigados  pela   fúria do mar, dos ventos e da terra.

Foi um arraso total nas cidades atingidas pela convulsão climática. Mas lá, o que a natureza estraga, pelo menos, nos EUA e alguns países do Caribe e do México,  o governo refaz.

Por aqui, acorre o contrário por conta da arrogante máquina administrativa, com seu desleixo quase incurável. Mesmo protegido pela  natureza  este Grande Brasil, abençoado por Deus, por contar com   uma  população avessa à discriminação de cor, religião e sexo, corre perigo Por quê? Devido ao triste contraste, que poderá deixá-lo manco em dores, sofrimentos e mortes.

É a maior aberração que varre estas plagas. Arrebenta qualquer mudança climática de além-mar.

Os exemplos salpicam ao infinito.

A represa de Mariana, em MG, é o principal carro-chefe dessa engrenagem, de desacertos e omissões. Foi um estrago que, até hoje, permanece desafiando e  deixando na rua da  amargura centenas e centenas de pessoas.

As obras inacabadas são outro grande desafio. As estradas no Norte e Nordeste servem de paradigma. Transformam em época de chuva em verdadeiros lamaçais, prejudicando a economia e a população dos municípios atingidos. É lama pelos quatro ventos.

Mas não terminam nesses exemplos infernais.

Tem muito e muito mais nesse carrossel de malfeitos.

O desmatamento é mais um adendo, pipocado pela omissão daqueles que procuram através de leis, decretos ou medidas provisórias evitar o combate à agressão ao meio ambiente. Assim, motosserra pode desmatar, livremente e ao bel prazer, as áreas das reservas de  Mato Grosso, Goiás, Amazonas e Pará. É joia rara ao inverso para essa devastação nas matas. É um problema seríssimo que não pode servir de atenuante para a permissividade das autoridades do Executivo e do Legislativo.

Outro angustiante legado, abandonado ao tempo, é a poluição dos rios, hoje dominados pelo lixo e detritos industriais, acabando praticamente com os peixes e outros animais. Afeta, sobremaneira, a população.

Esses são alguns dos maus exemplos decorrentes da omissão das autoridades e certos segmentos da sociedade, onde o dinheiro está acima do bem o do mal. Para eles, o que interessa é  o dinheiro.

Falta, portanto, uma ação efetiva para pôr um ponto final na destruição das reservas do país.

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