As tropas da Força Nacional vão chegar na segunda-feira a São Gonçalo, para atuar, a princípio, por uma semana. Mas será que não é muito pouco tempo? Infelizmente, o município vive um quadro crônico de violência.
Há poucos dias estourou mais um escândalo na segurança da cidade, com quase uma centena de policiais do 7º Batalhão de Polícia Militar (São Gonçalo) presos por envolvimentos com a criminalidade. O covarde assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011, foi outro capítulo lamentável.
A população vive acuada, assistindo ao aumento da violência. O mais recente episódio é a guerra do tráfico que está sendo travada no município. Segundo investigações policiais, traficantes da Zona Norte do Rio vieram reforçar bandidos de uma comunidade do Fonseca, em Niterói, para tomar bocas de fumo na Vila Candoza, em São Gonçalo. A chegada dos novos invasores foi marcada pelo crime cruel de decapitação de um rival. Uma barbárie.
Não bastasse isso, há ainda o crescente número de arrastões e roubos de caminhões de carga. O reforço da Força Nacional vai atuar, justamente, nos acessos ao Complexo do Salgueiro, junto ao trecho Niterói-Manilha da BR-101, um dos pontos com mais ataques aos transportes de carga.
Essa crise generalizada na segurança de São Gonçalo só faz aumentar a escalada do crime. Segundo o comandante do 7º BPM, coronel Ruy França, o prazo de permanência da Força Nacional na cidade pode ser ampliado.
A população torce para que sim.