Cerca de 30 profissionais, entre médicos, enfermeiras e técnicas de enfermagem, realizaram na manhã desta sexta (30) um curso de capacitação, técnico e prático, de neonatologia no Hospital Municipal Desembargador Leal Junior, em Itaboraí. A unidade, gerenciada pela Organização Social (OS) Instituto Brasileiro de Apoio à Saúde (IBAS), passará, a partir desta segunda (03) a realizar todos os cinco testes necessários para diagnosticar doenças em bebês recém-nascidos. A unidade, que executava os testes do pezinho, orelhinha e linguinha, agora também realizará testes do coraçãozinho e olhinhos.
Com o ciclo de testes fechado, o hospital, que realiza entre 180 e 200 partos por mês, poderá diagnosticar doenças em bebês com maior rapidez, como a catarata congênita, déficit auditivo, cardiopatia congênitas críticas, frênulo preso e hipertireoidismo. "A realização deste curso é fundamental para melhor preparar os profissionais a observar pequenas disfunções assim que o bebê nasce e que podem e devem ser tratadas. A implantação desse protocolo de triagem é uma exigência do Ministério da Saúde e com as aulas práticas e teóricas realizadas, a unidade do município de Itaboraí está qualificada para exercer os exames", relatou o coordenador de pediatria e neonatologia do Hospital Municipal Desembargador Leal Junior, Jorge Miguel Serafim Campos.
Teste do olhinho
É um exame muito importante, por isso é obrigatório. Simples, rápido e indolor, a pesquisa do reflexo vermelho, conhecida como “teste do olhinho”, pode identificar problemas que levam à cegueira infantil, como catarata, glaucoma de nascença e até tumores intraoculares (retinoblastoma).
Teste do pezinho
Todo recém-nascido deve realizar obrigatoriamente a triagem neonatal, o famoso “teste do pezinho”. O médico coleta com um filtro de papel uma amostragem do sangue do bebê, em geral do pé, preferencialmente entre o terceiro e o sétimo dia de vida. É um exame fundamental porque permite ao pediatra fazer o diagnóstico precoce de inúmeras doenças sem sintomas, além de servir para identificar o tipo sanguíneo da criança. A pesquisa do “teste do pezinho” pode ajudar a disgnosticar até 47 doenças, principalmente os chamados erros inatos do metabolismo, ou seja, distúrbios bioquímicos geneticamente determinados, que interferem na ação das enzimas do corpo e podem levar a doenças, muitas delas raras.
Teste da orelhinha
A triagem auditiva, também conhecida como “teste da orelhinha”, ou audiometria neonatal, avalia a audição do recém-nascido e ajuda no diagnóstico de eventuais perdas. O exame é rápido e indolor. Um fonoaudiólogo coloca na parte externa do ouvido do bebê um pequeno fone acoplado a um aparelho audiométrico. Durante três a cinco minutos, o equipamento produz estímulos sonoros (as chamadas Emissões Otoacústicas Evocadas), capta seus ecos e processa as informações. Diante de qualquer alteração, a criança tem de ser submetida a exames complementares para confirmar ou não o quadro de deficiência auditiva. O diagnóstico precoce é vital para o melhor desenvolvimento de crianças com perdas auditivas, principalmente em relação à linguagem.Teste do coraçãozinho
A oximetria de pulso, ou “teste do coraçãozinho”, como ficou conhecido o procedimento, é simples, rápido e superimportante. Através da medição da oxigenação do sangue e dos batimentos cardíacos do recém-nascido com o uso de um oxímetro – uma espécie de “pulserinha” – ele é capaz de diagnosticar alguma cardiopatia congênita crítica (uma doença grave no coração). Caso seja identificado algum problema nesse teste, o bebê é submetido a um cardiograma para confirmar o diagnóstico.
Teste da linguinha
Obrigatório desde o início de 2015, este teste tem o objetivo de detectar possíveis alterações no frênulo (uma fina membrana que liga a língua à parte inferior da boca). Popularmente conhecida como “freio”, essa membrana pode causar a famosa língua presa. Este exame também é muito simples: enquanto o bebê mama, um fonoaudiólogo e outro profissional de saúde fazem uma avaliação anatômica e da força de sucção.