Debate sobre nova gerência do Antônio Pedro divide opiniões

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Tarcísio Rivello, diretor da unidade médica, falou em reunião do Conselho Universitário, no prédio da Geociências

Douglas Macedo

A decisão sobre a contratação da Empresa Brasileira de Gestão Hospitalar (Ebserh) para gerir o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) deve sair até o final de março e o assunto divide opiniões na universidade. De acordo com o diretor do hospital, Tarcísio Rivello, os funcionários que são contrários à mudança estão preocupados com uma possível privatização do hospital, que segundo ele, não vai  acontecer. Um debate aconteceu nesta quarta-feira (24), em reunião do Conselho Universitário no prédio da faculdade de Geociências, no Campus da Praia Vermelha. 

Tarcísio Rivello disse que o Huap é uma referência em atendimento na cidade e que a transferência da administração do hospital para a Ebserh vai garantir a abertura de concursos públicos para a unidade, aumento de leitos e redirecionamento de postos de trabalho. 

“Os funcionários serão mais cobrados, principalmente na qualidade do atendimento. Vamos precisar da participação, envolvimento e principalmente de resultados e isso envolve uma série de fatores e muitas vezes o funcionário não quer essa situação”, opinou o diretor.

Por outro lado, Pedro Rosa, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (Sintuff), reclama que as negociações sobre a nova gestão estão sendo feitas de forma sigilosa, o que é incorreto. 

“A Ebserh é uma empresa privada que está interessada em fazer convênios além do interesse público. Nós queremos uma audiência pública para discutir esse assunto, mas o diretor e o reitor da universidade não aceitam. Eles querem decidir o futuro da universidade às escondidas e nos ameaçam dizendo que se não entregarem o hospital até março para a empresa, o Huap vai fechar. Eles falam isso, pois, em março, acabam os contratos temporários da área de enfermagem. A Ebserh é o caminho da privatização e da precarização do trabalho e vai prejudicar estudantes, professores e usuários”, acusa Pedro.

Servidores fazem paralisação de 24 horas 

Os servidores técnicos administrativos do Ensino Superior no País fizeram uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira. Na Universidade Federal Fluminense (UFF), o restaurante universitário do Campus do Gragoatá  não funcionou e a empresa divulgou um comunicado em seu site para informar aos alunos. 

Alguns estudantes afirmaram que os técnicos responsáveis pelo acionamento dos aparelhos de ar-concicionado não trabalharam e por isso a temperatura estava alta nas salas de aula.

Procurada, a UFF informou que as aulas não foram afetadas. A paralisação foi de técnico-administrativos e não incluiu professores. Ainda segundo a universidade, “não foi possível compor um quadro completo, visto o tamanho e complexidade do local, porém, o impacto não foi relevante”, informou a instituição. A reitoria funcionou normalmente.


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