Foliões sem bloco

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Pelo segundo ano o Bloco das Piranhas deixa de desfilar em Niterói

Foto: Evelen Gouvêa

Pelo segundo ano consecutivo o Bloco das Piranhas deixa de desfilar em Niterói no dia 31 de dezembro. Neste, no entanto, eventos em redes sociais acabaram levando pessoas às ruas para um suposto evento em Piratininga, que acabou não acontecendo.

Milhares de pessoas confirmaram presença no desfile dos Bloco das Piranhas nos último dias de 2018, às 14h na Praia de Piratininga. Mas o que se viu na manhã desta segunda no local, foram algumas poucas pessoas fantasias e nenhuma estrutura para o desfile. 

Morador do Barreto, o estudante Júnior Marins, de 18 anos, ficou decepcionado.

‘Cheguei por volta das 13h, já são quase 16h e parece que não vai rolar nada. É uma pena deixar acabar uma tradição, tem várias pessoas aqui fantasiadas esperando, é um momento de muita descontração”, lamenta o folião.

Além de Piratininga, outros dois desfiles, em Charitas e em itaipuaçu, também estão marcados O eventos online, na verdade, não tinham nenhuma relação com o bloco oficial, que desde de ano passado não desfila na cidade.

‘Eu nem tenho conhecimento desses desfiles, fiquei só sabendo por alto, mas o Bloco das Piranhas oficial não vai desfilar mais uma vez por falta de infraestrutura, como já foi dito antes’, afirmou Fabianna Brazil, madrinha do bloco há mais de 20 anos.

Após 30 anos se apresentando na Av. Jornalista Alberto Francisco Torres, em Icaraí, em 2015 o desfile do bloco foi transferido para a Av. Amaral Peixoto, no Centro. Em 2016, o evento recebeu cerca de 5 mil pessoas no local. Mas no ano passado, proibido de desfilar, o evento até chegou a reunir algumas dezenas de pessoas na Praça Arariboia, no Centro, sendo que os foliões foram impedidos de desfilar pelas ruas, por agentes de segurança.

Entre os entusiastas do evento, Rodrigo da Silva, de 27 anos, que saiu do Rio de Janeiro para para conhecer o bloco.

‘O pessoal investiu em fantasia e o evento não aconteceu, a sorte é que todo mundo está animado e se divertindo mesmo assim. Só conheço o bloco das Piranhas de Araruama, queria conhecer o de Niterói também, mas não foi dessa vez’, concluiu. 


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