Funcionários do Azevedo Lima cobram salários atrasados

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Trabalhadores realizaram manifestação na porta do Hospital Estadual Azevedo Lima

Foto: Evelen Gouvêa

Funcionários do Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, Zona Norte de Niterói, realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (17), cobrando a regularização de salários atrasados. De acordo com os trabalhadores, o hospital de emergência da cidade está sem pagar parte do 13° salário de 2016 e o 2017, além de sem receber o repasse mensal da Secretaria de Estado de Saúde.  

Administrada pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), uma organização civil privada sem fins lucrativos, o hospital recebe mensalmente o repasse de R$ 15 milhões. Neste mês, entretanto, o recebido foi R$ 7 milhões. Em nota divulgada para seus funcionários, o fundador e diretor-presidente André Guanaes informou que priorizou o abastecimento do hospital e que aguarda o restante da verba para repassar a seus funcionários. O fato ocasionou o atraso do salário de maio. 

De acordo com os cerca de 20 funcionários que manifestaram, muitos não compareceram por medo de serem mandados embora. Na estimativa deles, mais de 1000 trabalhadores, entre funcionários do Estado e de empresas terceirizadas que atuam na cozinha e na limpeza, estão sem receber. 

Questionada sobre a situação financeira do Heal, a Secretaria de Estado de Saúde informou que realiza regularmente repasses à organização social que gere a unidade. 

A SES afirma que, mensalmente, os repasses são divididos em duas parcelas pagas nos dias 10 e 20 , a primeira com o objetivo de quitar os salários dos funcionários e a segunda para pagamento de outras despesas .Como acontece todo mês, SES repassou ao Instituto Sócrates Guanaes, OSS que administra o Hospital Estadual Azevedo Lima, a primeira parcela no valor de R$ 7 milhões para viabilizar o pagamento dos salários, porém a OSS decidiu quitar outras despesas. Na quinta-feira (17), a SES realizou um novo repasse de 6,5 milhões que será usado para quitar os salários. O Hospital segue funcionando normalmente e a SES trabalha sempre para manter a assistência de qualidade em todas as unidades da rede estadual de Saúde.

Já o ISG não se manifestou sobre o atraso de repasse do Estado, nem sobre o atraso de salário dos funcionários. A falta de depósito do INSS e do FGTS e ausência das férias também não teve resposta.


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