Marcada para começar no último dia 1º, depois, para esta segunda-feira (5), a greve da Guarda Civil Municipal foi, mais uma vez, adiada. Após uma série de reuniões entre representantes da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e da Associação dos Funcionários da Guarda Civil de Niterói, ficou decidido que, nessa semana, a categoria se reúne com a Prefeitura para negociação das demandas do grupo.
Na última sexta-feira, o presidente da Associação dos Funcionários da Guarda Civil de Niterói, Raphaell Dias, explicou que o início da greve vem sendo adiado para que as negociações possam acontecer.
“A greve começaria no dia primeiro, mas foram marcadas reuniões para discutir o que a Secretaria teria para nos oferecer. Só que não houveram avanços nessas negociações, então remarcamos para o dia 5”, explicou.
Na sexta-feira foi realizada nova reunião. Na ocasião, ficou marcada para essa semana a nova rodada de negociações junto à Prefeitura.
De acordo com o secretário de Ordem Pública, Gilson Chagas, a expectativa é de que a greve não aconteça. Ele defendeu que algumas demandas, como a alteração nas horas semanais de trabalho, não podem ser atendidas. O diálogo entre as duas partes, contudo, vem sendo estabelecido.
“Nós procuramos melhorar o serviço deles. Eles tiveram plano de cargos e salários, melhoria na parte de equipamentos, uma nova sede. A Guarda caminha para ser a melhor do Brasil. A maior parte é favorável ao diálogo, sempre está ligada à questão de prestar o melhor serviço à população. Um pequeno grupo tenta radicalizar, e não é assim que vamos conseguir avançar. Primamos pelo diálogo, e não pela radicalização. O diálogo está aberto, eles vão expor as demandas deles, e a Prefeitura vai ouvi-los”, disse.
Entre as demandas da Associação, estão a redução da escala de serviço para 12 horas trabalhadas por 36 horas de folga. Atualmente, os guardas trabalham 12 horas e folgam 60. A categoria quer ainda que o inspetor-geral Paulo Roberto Brito Junior seja reconduzido ao posto de comandante da corporação. Ele foi substituído pelo inspetor Leandro da Vitória Nunes, que já havia sido comandante da Guarda anteriormente.