Hospital Psiquiátrico em pauta

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A reunião, que contou com cerca de 100 pessoas, foi realizada na UFF

Foto: Colaboração / Giovanni Mourão

Mais de 100 pessoas participaram de audiência pública para debater os impactos das obras do túnel Charitas-Cafubá no atendimento aos usuários do principal equipamento de saúde mental de Niterói, o Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (HPJ). O encontro ocorreu na tarde de ontem no campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense (UFF) e foi promovido pela Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental da Alerj, representada pelo deputado Flávio Serafini (PSOL).

De acordo com a representante do Fórum dos Trabalhadores de Saúde Mental de Niterói, Renata Alves, as obras do novo túnel acarretaram em diversas perdas para o HPJ, como a extinção do estacionamento e do pátio do hospital, este que servia de espaço de convivência entre os pacientes.

“Perdemos a nossa única enfermaria infantil, com cinco leitos. O que temos agora são dois leitos para crianças e adolescentes dentro da emergência de adultos. Não há espaço nem para acompanhantes. Também perdemos o alojamento dos residentes, que foram despejados de uma hora para outra”, alegou.

Ainda segundo o Fórum, além das perdas já citadas, o HPJ também teve seu auditório demolido por conta das obras, sendo substituído por outro de menor porte e sem um ideal tratamento acústico.

Procurada, a prefeitura informou que nenhum serviço e estrutura de atendimento do HPJ, que possui cerca de mil pacientes ambulatoriais fixos, foi prejudicado. Disse também que as áreas da unidade foram otimizadas e os espaços reformados, com ampliação do atelier, construção de um novo auditório, adequação do espaço de ensino e pesquisa e climatização das enfermarias. O Executivo municipal disse também que a redução do número de leitos infantis ocorreu por conta de uma avaliação do hospital, de acordo com as necessidades e número reduzido de atendimentos a crianças, além de acrescentar que a unidade conta sim com alojamento para residentes. 

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