No último domingo, ocorreu o 12º Festival de Pipas, realizado pela Escola de Samba Acadêmicos do Cubango. O evento, que foi sucesso de público, também ficou marcado pela imprudência de alguns participantes. Apesar de todo o espaço disponível para o evento, que foi realizado no pátio do Teatro Popular Oscar Niemeyer, no Centro de Niterói, adultos e menores de idade foram flagrados subindo nas marquises do Terminal Rodoviário Presidente João Goulart para soltar pipa.
Durante todo o evento – que contou com mais de 1.500 participantes – foi percebido que havia um contingente de apenas cinco agentes da Guarda Municipal, fator que facilitou o mau uso do espaço pelos usuários, que correram risco de vida.
Procurada, a Secretaria Municipal de Ordem Pública afirmou que o planejamento para o evento seguiu o critério do público estimado, de acordo com os organizadores e a vulnerabilidade dos locais. Entretanto, ressaltou que a Guarda Civil Municipal, logo ao perceber que havia um número de participantes acima do que havia sido estimado, de imediato, determinou reforço para o local. A assessoria do órgão afirmou que, ao ser alertada de que havia pessoas em cima do teto do Terminal, o Grupamento de Pronto Emprego da Guarda Municipal foi até o local e retirou todos os envolvidos. Outra medida adotada foi a apreensão de vários rolos de linha chilena e o encerramento do evento antes do previsto, visando resguardar a segurança dos presentes.
A assessoria de imprensa da Acadêmicos do Cubango afirmou que desconhece o episódio de jovens participantes do evento estarem em cima da marquise do Terminal Rodoviário João Goulart. A presidência da escola lamenta o fato, mas afirma que o evento tinha como ponto fixo de realização o pátio do Teatro Popular, portanto não tinha como observar o que ocorria no entorno do Festival, já que a prioridade era dar suporte aos que estavam efetivamente no local da festividade. A escola de samba reconhece que era necessário ter um efetivo maior da Guarda Municipal, mas a Secretaria de Ordem Pública foi comunicada sobre o evento com as informações pertinentes ao festival, cabendo a esta portanto analisar o caso. A produção afirmou que ainda não há local definido para a próxima edição do evento e que não pode se pronunciar sobre aumento de efetivo da GM, pois esta questão depende da Secretaria de Ordem Pública.
O consórcio Teroni, responsável pela administração do Terminal Rodoviário Presidente João Goulart, não foi localizado por O FLUMINENSE.
Alerj - A venda de substâncias que compõem o cerol, como vidro moído e cola, e a linha chilena (linha encerada com quartzo moído, algodão e óxido de alumínio) pode ser proibida no Estado. É o que determina o projeto de lei 2.843/14, do deputado Bebeto (SDD), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vota nesta terça-feira (5) em segunda discussão.
De acordo com o projeto, qualquer produto que possua elementos cortantes utilizados para soltar pipas será proibido. Quem infringir a norma poderá ser multado em até cinco mil UFIRs-RJ. O projeto revoga as Leis 3.278/99 e 2.111/93, que, respectivamente, proíbem o uso de linha cortante e cerol, mas não especificavam os elementos que continham.
“Mesmo com a proibição da venda do cerol e da linha chilena prontos, é possível comprar as substâncias que os compõem, de forma separada, então esta proposta ratifica a proibição e abrange esses produtos, que, juntos, tornam-se um perigo para as crianças e para os adultos também”, explicou Bebeto.