A descoberta de um apartamento em Salvador repleto de malas e caixas abarrotadas de dinheiro revoltou e muito. A Polícia Federal fez busca no imóvel na terça-feira, à procura de documentos que seriam do ex-ministro dos governos Lula e Dilma e vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, mas encontrou em vez disso um verdadeiro “tesouro” escondido: mais de R$ 51 milhões, a maior apreensão de dinheiro vivo da história do Brasil. Tanto dinheiro que levou mais de 12 horas para ser contado, e com uso de máquinas para contagem de notas.
Nos dois dias seguintes à apreensão, o ex-ministro, que cumpria prisão domiliciar na mesma cidade, não se manifestou. Ontem, foi cumprido mandado de prisão contra ele, expedido pela 10ª Vara Federal de Brasília.
Preso em seu apartamento num bairro nobre da capital baiana, Geddel foi levado para Brasília, onde depôs na sede da Polícia Federal, e seguiu para a Papuda. É a segunda vez que Geddel vai para o complexo penitenciário este ano. No início de julho, o ex-ministro ficou preso durante dez dias, até obter a liberdade mediante concessão de prisão domiciliar.
Agora, o político baiano terá que dar explicações. Ter dinheiro não é crime, guardar dinheiro em malas e dentro de um apartamento, também não. O que não pode é não ser declarada a posse do dinheiro, ainda mais um volume desses, e não apresentar explicação sobre a origem.
Isso vale para todos os cidadãos brasileiros. Pela Constituição, somos todos iguais em direitos e deveres.