O operário Ricardo Paiva da Silva, de 27 anos, morreu após ser atingido por um muro de contenção que desabou por volta das 10 horas desta terça-feira (25) no Arsenal, em São Gonçalo. A vítima trabalhava na obra de reforço do próprio muro, que cerca os condomínios Bela Vista I e II do programa “Minha Casa Minha Vida”, construídos por cerca de R$ 3 milhões. Os bombeiros do Quartel do Colubandê foram acionados para resgatar a vítima entre os escombros, mas o operário não resistiu aos ferimentos, falecendo no local. Na hora da queda do muro, moradores dos quatro blocos do condomínio – cada um com 20 apartamentos – localizados na encosta do muro saíram correndo de suas casas com medo de desabamento.
Procurada, a Prefeitura de São Gonçalo informou que uma equipe da Defesa Civil esteve no local logo após o acidente, dando suporte e interditando os blocos 5, 6, 7 e 8 do Condomínio Residencial Bela Vista I.
Segundo um morador do condomínio, André Felipe de Castro, de 28 anos, o incidente já era uma tragédia anunciada. André também afirma que a Defesa Civil, até o início da noite, ainda não havia encaminhado as famílias a um local seguro.
“Desde que o condomínio foi construído, esse empreendimento vem apresentando problemas. No início da construção, esse muro caiu por inteiro. São 20h e até agora a Defesa Civil ainda não informou o local em que nos abrigaremos. Todas as 80 famílias dos quatro blocos estão desabrigadas’’, lamentou.
A Seel - Serviços Especiais de Engenharia Ltda, empresa responsável pela obra, afirmou que lamenta o falecimento do operário. A empresa informou que está dando a devida assistência para a família e que adotou as medidas necessárias para apurar o ocorrido, tendo o acidente sido regularmente comunicado aos órgãos competentes e, ainda, que a empresa colaborará com as investigações.
A Caixa Econômica informou que estavam sendo executadas obras de reparo nos muros de contenção do condomínio e ressaltou que vai enviar hoje uma equipe técnica para vistoriar a obra e apurar o ocorrido, além de estar agendada a visita técnica da Defesa Civil e do responsável técnico da obra. Após emissão do laudo da Defesa Civil, o banco vai avaliar as medidas cabíveis.