Em plena batalha do Brasil contra o mosquito Aedes aegypti, o ministro-chefe da Casa Civil, Jacques Wagner, admitiu ontem que o Governo estuda uma forma de estabelecer multas quem tiver foco do inseto em casa. É uma medida radical, motivada pela quantidade de terrenos baldios e casas fechadas, que dificultam o combate às doenças transmitidas pelo mosquito, como a dengue, chikungunya e Zika vírus.
O país está em situação de emergência de saúde. O combate ao Aedes aegypti não é fácil. O mosquito é resistente, apresenta espetacular grau de adaptação ao meio ambiente e agora aterroriza a todos com o Zika vírus e a microcefalia em bebês.
Desde sábado, o país está na segunda etapa de Mobilização Nacional, com visita a mais de 2,8 milhões de residências em 428 municípios. A ação envolveu 220 mil militares, 46 mil agentes de combate a endemias e 266 mil agentes comunitários de saúde.
Tamanho exército, no entanto, pode perder a batalha para o inimigo de porte insignificante se os cidadãos não fizerem a sua parte. Cada um tem sua parcela de responsabilidade e pode colaborar vistoriando sua casa para identificar focos.
Segundo as campanhas de saúde, bastam dez minutos por semana para localizar pontos favoráveis ao desenvolvimento das larvas.
Não dá para ignorar. É uma briga que todos têm que entrar.