Fim do monopólio do gás

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As expectativas indicam que nos próximos quatro anos a oferta do gás natural no país passará dos atuais 60 milhões de metros cúbicos por dia para 160 milhões m3/dia. Boa parte das reservas são provenientes da exploração das áreas do pré-sal.

O gás natural é mais barato que o óleo diesel e emite 20% menos gás carbônico e até 90% menos partículas de fuligem. A preocupação com o meio ambiente e o preço competitivo, tornam o energético o combustível mais indicado tanto para as indústrias como para a produção de energia nas termelétricas. Isso, sem citar o GNV nos automóveis.

Apesar dos seus benefícios, o uso do gás natural pelas indústrias fluminenses está sendo inviabilizado. Em dois anos, o custo do energético no Rio de Janeiro aumentou 95%.

Isso decorre porque o mercado de gás no país é controlado por dois monopólios. De um lado, a Petrobras que administra a totalidade da oferta e a infraestrutura logística de transportes, os gasodutos. De outro, as concessionárias de distribuição, basicamente, uma em cada estado.

Como não é possível modificar o fornecimento de energia de uma planta de produção de uma hora para outra, sem falar que para determinadas fábricas o gás é o melhor combustível para a qualidade dos produtos, o empresário fluminense está refém dessa política.

O governo federal acena para a criação de um novo mercado de gás natural no país, abrindo o mercado e reduzindo em até 50% o custo do energético. Estudos indicam que a redução do preço pode adicionar à taxa de crescimento do país quase um ponto percentual ao ano e gerar mais de 12 milhões de novos empregos nos próximos dez anos. A Firjan apoia a abertura de mercado. Vamos aguardar, vamos cobrar.

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