Em São Gonçalo existem, aproximadamente, 70 crianças que podem ser adotadas. E foi pensando nisso que a secretaria de Desenvolvimento Social, Habitação e Infância e Adolescência lançou a campanha “Adoção: abrace esse gesto”. A orientação da secretaria, que começou em 19 de junho, é para os interessados em adotar uma criança.
“Os abrigos existem como um instrumento paliativo, mas o que desejamos é ver essas crianças no seio familiar. Esperamos que a população gonçalense abrace essa campanha e que as crianças possam ser adotadas”, destacou o prefeito Neilton Mulim.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), podem adotar maiores de 18 anos, independentemente do estado civil, e é preciso haver uma diferença mínima de 16 anos entre quem vai adotar e quem será adotado. A adoção garante à criança ou ao adolescente a possibilidade de adquirir direitos patrimoniais e sucessórios, além da inclusão do sobrenome da nova mãe/pai no registro civil. O processo é irrevogável, ou seja, a criança ou o adolescente nunca mais deixará de ser filho do adotante, nem mesmo com sua morte.
“O objetivo dessa campanha é estimular a população gonçalense a adotarem crianças e adolescentes que vivem em abrigos da cidade. Temos um número grande de crianças nesta situação e que precisam de um novo lar. Estamos orientando todas as pessoas interessadas no assunto”, explicou a secretária da pasta, Ana Cristina da Silva.
Quem deseja adotar uma criança ou adolescente deve procurar a Vara da Infância, Juventude e Idoso com os documentos de identidade e comprovante de residência. Após o agendamento feito pelo órgão, uma entrevista com técnicos será realizada para dar continuidade ao processo de adoção. Neste processo será necessário apresentar os seguintes documentos: certidão de nascimento/casamento, identidade (RG), CPF, comprovante de renda e domicílio, atestado de sanidade física ou mental, certidões negativas de antecedentes criminais e civis.
A campanha conta com o apoio de grandes nomes que fazem a diferença nessa luta, como o desembargador Siro Darlan; o juiz da 1º Vara da Infância, Juventude e Idoso do Rio de Janeiro, Pedro Henrique Alves, e a promotora de Justiça da Infância e da Juventude do município, Danielle Silva de Carvalho.