Em assembleia realizada nesta terça-feira (28) pela manhã, no Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (Iepic), em São Domingos, Zona Sul de Niterói, integrantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) decidiram dar continuidade à greve nas escolas estaduais situadas em Niterói. Os votos favoráveis chegaram a 17, contra 5. Entre os assuntos, a última pauta solicitada a ser colocada na mesa foi a restituição das perdas salariais, pedindo assim um aumento de 30% no salário dos professores, sem reajuste nos últimos dois anos, segundo integrantes. A rede estadual iniciou sua greve no dia 02 de março.
De acordo com o diretor do Sepe, Sérgio Perdigão, de 48 anos, a greve é importante para conseguir as pautas, ainda mais que falta apenas uma – apesar da crise do Governo Estadual.
“Nós conseguimos coisas importantes, como a diminuição para 30 horas para os funcionários, eleições diretas para diretor das escolas, e que tudo saia no Diário Oficial, para que seja cumprido de forma correta. Agora é lutar por esse reajuste de 30%, referente a esses últimos dois anos sem aumento, perdas salariais”, disse o diretor.
Ainda segundo o diretor, cerca de 50% dos professores de Niterói da rede estadual aderiram à greve, sendo uma quantidade um pouco inferior a de todo Estado, que gira em torno de 60%.
“Temos uma boa quantidade de professores que estão conosco, nesta terça-feira alguns voltaram. Estamos esperançosos com notícias positivas”, explica.
Conforme um dos integrantes do Sepe, Diogo de Oliveira, de 28 anos, na data de 6 de julho ocorrerá, uma assembleia da categoria para decidir os rumos do movimento, que, por decisão coletiva escolheu pela manutenção até que as pautas sejam atendidas pelo governo.
“Precisamos de alteração do calendário de pagamento, porque as coisas ficaram difíceis. Nós só recebemos porque estamos em greve, lutando. Hoje nos reuniremos no Rio de Janeiro para assembleia estadual e ver como ficará o rumo. Estamos no caminho certo”, finaliza.
Até o momento, a Secretaria de Estado de Educação - Seeduc não se posicionou quanto à continuidade da greve.
Ocupação – O Iepic está ocupado por alunos desde o dia 7 de abril. Entre as reivindicações, os alunos da rede estadual cobram melhorias na estrutura das salas de aula, reclamam da falta de material pedagógico, como livros e apostilas, da falta de lanche ou almoço, da falta de pagamento para funcionários terceirizados e ainda pedem por melhores salários para os professores.