Quando a proteção oferece risco

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Alguns vizinhos aos imóveis preferem não passar por debaixo da proteção

André Redlich

Marquises em mau estado de conservação em estabelecimentos comerciais fechados preocupam moradores nos bairros do Fonseca e no Barreto, na Zona Norte de Niterói. A precária condição das estruturas, que apresentam rachaduras e vergalhões, são as principais queixas dos pedestres. Para comerciantes vizinhos, as más condições das marquises de lojas fechadas oferecem insegurança e desvalorizam a região.

Na Alameda São Boaventura, no Fonseca, a marquise de um estabelecimento fechado há cerca de dois anos, próximo ao Colégio da Polícia Militar, ameaça desabar. Com parte da fiação elétrica pendurada, junto a rachaduras e buracos, a marquise é motivo de preocupação. De acordo com moradores da região, a estrutura vem se deteriorando desde o fechamento.

“Antes havia um revestimento de PVC por baixo da estrutura, entretanto, com o passar do tempo, todo o forro caiu. Hoje, restam apenas buracos e vigas de ferro aparente. Além disso, a chuva tem danificado a construção que está cedendo e cada vez mais oferece riscos aos pedestres”, conta Andressa Gomes, 35 anos, funcionária de uma padaria próxima.

No Barreto, na Rua General Castrioto, o problema é o mesmo e leva pedestres a preferir passar no meio da pista junto aos carros, em lugar de caminhar por debaixo da marquise, próximo ao número 70.

“Faz um tempo que a situação da marquise encontra-se nesse estado, porém, ninguém sabe a quem recorrer, uma vez que o imóvel está fechado. Não sabemos se a prefeitura é responsável pela conservação ou os proprietários, mas é importante que alguém se responsabilize antes que uma tragédia aconteça”, afirma a cabeleireira Olivia Soares, 37 anos.

A poucos metros do local, a cobertura de outra loja fechada, próximo ao número 100, também ameça cair e assusta ainda mais os moradores do bairro. Com um poste localizado no meio da estrutura, a marquise apresenta parte da composição deteriorada. De acordo com comerciantes da região, há pouco mais de seis meses um pedaço do concreto caiu no asfalto e a fiação elétrica está pendurada há anos.

 O tatuador, Antônio Carlos Pereira, 45 anos, que trabalha próximo ao local, conta que a má condição das marquises do bairro colaboram para a desvalorização da Zona Norte. 
“Basta olhar para marquise e observar a precaridade da estrutura para saber que ela pode desabar a qualquer momento. Trabalho nessa rua há cinco anos e não vejo fiscalização ou manutenção nessas construções. Além disso, não há como negar que o problema afeta negativamente a imagem dos comércios da região”,afirma.
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A Prefeitura Municipal de Niterói informou que a Defesa Civil enviará equipes aos locais citados para realizar vistorias e tomar as providências cabíveis.


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