Nesta segunda-feira (15), os radares fixos da Ponte Rio-Niterói (BR-101) entrarão em modo de produção, com emissão das notificações aos motoristas infratores que excederem o limite de velocidade máxima estabelecido para a via (80 km/h). São quatro radares no sentido Rio de Janeiro dispostos depois do pedágio, na descida do vão central, na grande reta e na reta do cais. E mais quatro radares no sentido Niterói: na reta do cais, na grande curva, na descida do vão central e na chegada do pedágio, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Os radares da Ponte fazem a medição a laser, não há marcação no asfalto, ou seja, não adianta o motorista pisar no freio quando vir o radar, pois a medição é imediata. Logo, se o motorista ultrapassar a velocidade máxima de 80km/h da Ponte no trecho dos quatro radares ganhará quatro multas.
Ao contrário do que estava sendo especulado, inclusive com áudios falsos nas redes sociais, os radares não são inteligentes. Logo, não há medição por velocidade média, pois não existe regulamentação no Brasil. O inspetor José Hélio, da PRF, explicou que a medida visa diminuir os acidentes na via. Em 2016 foram 214 acidentes contra 141 no ano passado, após os equipamentos serem implantados, embora ainda não multassem. Uma queda de 34%.
“Os motoristas receberão as notificações pelos Correios. O excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes graves na Ponte Rio-Niterói. Desde a instalação dos equipamentos não foram registradas ocorrências com mortes. Portanto, a PRF ressalta a importância dos motoristas respeitarem a sinalização e não ultrapassarem os limites estabelecidos”, orientou
Segundo a PRF, de 1º de junho até de dezembro de 2016, foram flagrados pelos radares 617.213 motoristas acima do limite de velocidade. Já de janeiro a novembro de 2017, os números foram alarmantes: foram 2.527.456 motoristas acima do limite de velocidade.
Motoristas que trafegam diariamente pela Ponte Rio-Niterói se dividiram nas opiniões sobre os radares.
“Não concordo com os radares. Acredito que existem outras campanhas de conscientização em vez de simplesmente multar. Para mim vai ser mais uma fábrica de multas”, criticou o Engenheiro Marcelo Santiago, de 45 anos.
Já para a médica Caroline Santos, a medida pode ser eficaz. “Placas para alertar sobre o limite de velocidade já temos. Se não respeitam, que sintam no bolso. Infelizmente é assim que se educa”, disparou.
Em casos de emergências nas rodovias federais, a PRF pode ser acionada através do telefone 191.