O Restaurante Cidadão Escritor Jorge Amado, o Restaurante Popular de Niterói, localizado na Avenida Visconde do Rio Branco, no Centro de Niterói, encerrou nesta sexta-feira (2) as atividades. O local já chegou a servir cerca de 3 mil refeições por dia. De acordo com Alimentação Carmense, responsável pela administração dos Restaurantes Populares de Irajá e Niterói, suspendeu nesta sexta o contrato firmado com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos e a partir da próxima segunda-feira (5) não abrirá as unidades. Em virtude da grave crise financeira do Estado, a empresa optou pela suspensão do serviço após mais de 12 meses de atraso, com dívidas no valor de R$ 7,2 milhões. Em maio, o restaurante popular de Itaboraí fechou pelo mesmo motivo.
“Tentamos de todas as formas manter aberto, seguramos enquanto foi possível. Fico muito triste, pois é um serviço que é para quem mais precisa. Temos confiança que dias melhores virão e que tudo voltará à normalidade”, disse Jailson Ribeiro, diretor do Restaurante Popular.
A empresa informou que buscou entendimento junto à secretaria para evitar o fechamento da unidade, inclusive com aquisição de crédito junto a instituições bancárias, porém chegou ao limite de endividamento.
A companhia afirmou ainda que manteve as unidades abertas após o apelo do público que frequenta diariamente os restaurantes, porém, para e evitar maior endividamento e manter este tipo de política, que poderia inclusive levar a empresa à falência, a Carmense optou pela suspensão dos serviços.
Em nota, a Carmense lamentou a grave crise financeira do Estado, bem como as demissões que serão ocasionadas com a suspensão do contrato, mas em virtude da falta de repasses não encontrou outra solução. A nota diz que a empresa está disposta a manter diálogo e a retomada dos serviços, para voltar a atuar o mais breve possível, visto que é um trabalho de suma importância, sobretudo para a população menos favorecida que sem dúvida será a maior prejudicada, informou a nota.
Procurada, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), responsável pela gestão dos restaurantes populares, não se pronunciou até o fechamento desta edição.