Roda de conversa reúne gestantes e doulas no Campo de São Bento

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Durante o evento, as participantes debateram questões relacionadas aos direitos das doulas

Colaboração Vanessa Lima

Em comemoração ao Mês da Mulher, a Coordenação de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde/DESUM/VIPACAF/FMS de Niterói, em parceria com a Associação de Doulas do Rio de Janeiro promoveu uma roda de conversa sobre 'Os direitos da gestante no período de parto e pós-parto', na manhã deste domingo (18), no Campo de São Bento, em Icaraí. A iniciativa foi realizada com o objetivo de conscientizar as mulheres sobre os perigos da violência obstétrica e a importância da presença da doula no trabalho de assistência as gestantes. Este foi o primeiro evento realizado pela associação no município e a expectativa é que o encontro aconteça mensalmente na cidade. 

Durante o evento, as participantes debateram questões relacionadas aos direitos das doulas, que possuem um regulamento na constituição que garante a entrada e permanência em qualquer maternidade para oferecer suporte emocional às gestantes. Além disso, o evento também discutiu a importância da luta feminina em prol do parto humanizado.

"Culturalmente, a mulher sofre uma série de pressões psicológicas e precisa lidar com todo esse peso emocional durante o período de pré-parto e pós-parto. As doulas são profissionais que atuam neste intermédio e ajudam a gestante no processo entre o medo, a dor e o auge da ternura, no momento do nascimento do bebê. Esse trabalho precisa ser expandido na cidade, porque muitas mulheres optam pelo parto com intervenções por falta de informação e conhecimento sobre a causa," disse a membra da associação, Renata Vasconcelos, de 28 anos.

A professora Lays Gabrielle Moreno, de 28 anos, se tornou uma doula após passar por duas experiências maternas distintas. Ela conta que na sua primeira gestação o parto aconteceu em uma maternidade, apenas com a presença de uma equipe médica. Mas que na gravidez da sua segunda filha, ela teve a assistência de uma doula, o que transformou o ambiente em aconchegante e acolhedor.

"Foi uma experiência única. Sem dor, ansiedade ou medo. Além de oferecer recursos de conforto para garantir o bem-estar da mãe e do bebê, a doula transforma o ambiente em um ninho de amor e você se sente segura para atravessar aquele momento e ir ao encontro do seu filho. Depois de passar por essa experiência me engajei na causa e decidi ajudar outras mães na luta pelo parto humanizado," contou a doula. 


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