Funcionários e autoridades municipais de São Gonçalo se reuniram, em frente à sede da prefeitura na manhã desta segunda-feira (18), dois dias após o incêndio que devastou um prédio anexo do Executivo, para debater o futuro dos órgãos que ali residiam, uma vez que a edificação está interditada pela Defesa Civil e foi notificada e autuada por não possuir as certificações de segurança exigidas pelo Corpo de Bombeiros. Segundo fontes internas da prefeitura, a opção inicial para realocação das secretarias incendiadas seria o antigo “Poupa Tempo”, situado no Shopping São Gonçalo. A segunda opção seria o antigo prédio da Enel [antiga Ampla], no Centro.
“Já é quase certo que transfiram tudo para o Poupa Tempo. Existem boas chances de toda a prefeitura ser realocada para lá”, disse um dos gestores com forte influência no governo, que preferiu não se identificar, acrescentando que essa movimentação está sendo arquitetada pela primeira-dama do município, Eliane Nanci.
A informação não foi confirmada pelo Executivo, que limitou-se a dizer que o prefeito e os secretários estão alinhados na busca da melhor solução, e também considerando todas as opções possíveis. A assessoria de imprensa ressaltou que, assim como nesta segunda-feira, a prefeitura segue esta terça-feira (19) sem expediente.
No entanto, mesmo com a possível liberação ainda esta semana, servidores reclamam das condições estruturais do prédio. O servidor Maurício Viana, que atua na Secretaria de Fazenda, comentou que mesmo que o seu local de trabalho não tenha sido atingido, ainda não se sabe o estado dos computadores.
“Mesmo que aconteça o religamento da energia do prédio, ainda não sabemos o estado dos computadores, essenciais para os serviços que ofertamos. As ‘gambiarras’ são frequentes e, por isso, seria ideal que fôssemos realocados até que o prédio fosse inteiramente reformado”, lamentou.
De acordo com o prefeito José Luiz Nanci, as circunstâncias do incêndio precisam ser investigadas pela polícia. Três secretarias foram gravemente atingidas: a de Compras e Licitações, a de Planejamento, e a Subsecretaria de Posturas. As secretarias de Desenvolvimento Urbano (Obras) e de Meio Ambiente também foram prejudicadas, porém, segundo a Defesa Civil, tiveram seus arquivos protegidos.
O caso foi registrado na 72ª Delegacia Policial (Mutuá), que ainda realiza exames periciais no local. Um carro da Polícia Militar está situado, desde sábado, no local para proteger os documentos e o local para perícia.
Ainda não há uma previsão para liberação do local.
(Colaborou Giovanni Mourão)