Pelo terceiro dia seguido, funcionários do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) São Gonçalo, no Zé Garoto, mantiveram a paralisação das atividades da unidade, que atende 24 bairros. O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro e os Correios discordam sobre a adesão à greve: segundo o Sintect-RJ, praticamente 100% do efetivo da unidade está de braços cruzados. Já segundo a empresa, 48% dos funcionários estão trabalhando. Na manhã de segunda-feira, os servidores voltarão a realizar assembleia para decidir sobre os rumos da greve.
Integrante da diretoria do sindicato e carteiro do CDD São Gonçalo, Luiz Henrique Antunes explicou que a principal reivindicação é por aumento do efetivo. Para ele, a unidade ainda precisaria de mais funcionários para operar de forma eficiente na entrega de correspondências para a população.
“Somos aproximadamente 75 funcionários, precisaríamos de uns 20 para integrar a equipe. Alguns distritos não estão sendo atendidos porque não tem quem faça o trabalho. Existe uma determinação do Ministério do Trabalho para que sejamos transferidos para outro prédio. O problema é que querem nos mandar para um em Alcântara, que ficaria muito longe para quem atende os nossos bairros”, argumentou.
O CDD São Gonçalo atende os bairros de Neves, Vila Lage, Paiva, Porto Velho, Porto da Madame, Porto Novo, Galo Branco, Rocha, Santa Catarina, Barro Vermelho, Pita, 7 Pontes, Covanca, Gradim, Paraíso, Porto da Pedra, Brasilândia, Zé Garoto, Centro, Venda da Cruz, Tenente Jardim, Morro do Castro, Zumbi e Engenho Pequeno.
Através de nota, a Empresa Brasileira de Correios Telégrafos (ECT) informou que “os Correios continuam mantendo negociação permanente com os seus trabalhadores e buscando soluções para as reivindicações”. A empresa garantiu que o CDD Nilo Peçanha, no Mutuá, permanece operando normalmente. O órgão disse, ainda, que a redução momentânea das equipes dos CDDs São Gonçalo e Mutuá (férias e licenças médicas) ocasiona problemas pontuais na prestação do serviço, nas áreas abrangidas pelas duas unidades.
Insegurança – A falta de segurança que resulta em constantes assaltos a entregadores é outro motivo da paralisação. Nesta sexta-feira (10), o comandante do 7º BPM (São Gonçalo), coronel Ruy França, se reuniu no batalhão com representantes da ECT São Gonçalo para traçar estratégias para contenção dos roubos de cargas que envolvem a empresa. De acordo com o comandante, será criado um grupo em um aplicativo de celular para trocas de mensagens instantâneas no intuito de facilitar a comunicação entre a entidade e a polícia.