Recentemente temos ouvido falar muito na tal superbactéria e as mortes atribuídas a ela principalmente nos hospitais do Distrito Federal. A superbactéria é uma bactéria resistente a todos os antibióticos que existem. A mais famosa delas é a KPC (Klebiella Produtora de Cabapenemase).
O que talvez você não saiba é que esse problema não é novo e que não há riscos de contaminação entre pessoas saudáveis, ou pelo menos esse risco é muito pequeno.
Diferente das epidemias como a da gripe e o do ebola, a superbactéria acomete principalmente os paciente doentes que permanecem internados em hospitais por algum tempo. Pessoas saudáveis que frequentam hospitais como familiares de pacientes e profissionais de saúde não adoecem, mas podem espalhar a bactéria para os outros pacientes.
Nosso corpo vive cercado de bactérias “do bem”. Dizemos então que somos colonizados por bactérias. Colonização não quer dizer infecção.
Toda vez que uma bactéria tenta entrar num órgão onde ela não deveria estar, como pulmão, bexiga, ou sangue, nosso organismo aciona mecanismos de defesa que as eliminam na hora sem muita dificuldade.
Porém, para que alguém tenha uma infecção tem que existir uma porta de entrada e, ao entrar, a bactéria tem que vencer a batalha contra as defesas do organismo. O que num paciente hospitalizado (com as defesas diminuídas) é muito provável.
Quando tomamos múltiplos antibióticos, mesmo que por necessidade, matamos as bactérias “boas” que nos colonizam e abrimos espaço para as bactérias resistentes e assim acabamos colonizados pelas superbactérias.
Dentro do hospital, as bactérias vão de um paciente para o outro principalmente através das mãos das pessoas que cuidam desses pacientes. Lavar as mãos ou passar álcool gel antes e depois de tocar num paciente é uma das medidas mais eficientes na prevenção de epidemias.
Uma mudança radical na cultura e no comportamento das pessoas deverá acontecer. No corre-corre dos profissionais que cuidam de vários pacientes, uma medida simples como lavar as mãos é a primeira a ser deixada de lado.
Esforços em educação e treinamento desses profissionais são fundamentais e isso é uma obrigação do hospital. A função de parentes e acompanhantes de pacientes é a de fiscalizar. Somente um esforço coletivo será capaz de reverter essa situação!