Servidores da Universidade Federal Fluminense (UFF) realizaram nesta quinta-feira (13) uma paralisação de 24h em protesto contra o governo Temer e a instituição, que promoveu uma mudança na carga horária dos funcionários, de 30 para 40 horas semanais.
Na manhã desta quinta, trabalhadores se manifestaram em frente ao Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap), no Centro, e a Reitoria da UFF, em Icaraí.
De acordo com Pedro Rosa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense, a categoria conquistou o direito de trabalhar na carga horária de 30 horas, porém, em decisão repentina, passaram a trabalhar 40h, o que vem prejudicando funcionários.
“Em 2016, fizemos um acordo de greve, mas agora o reitor da UFF voltou atrás e desconsiderou o que foi escrito. No Huap, por exemplo, há uma escala de trabalho e, de repente, uma ordem muda tudo. Protestamos também contra a política nacional do governo Temer que vem cortando verbas, impondo um processo de precarização do trabalho e privatização da saúde e da educação”, disse, durante a manifestação no hospital.
Além da mudança na carga horária, trabalhadores protestaram ainda contra a administração da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), gestora do HUAP. Segundo Rosa, desde que a empresa assumiu, com a promessa de melhorar e ampliar o atendimento do hospital, 60 leitos foram fechados em dois anos. Há alguns anos, o hospital atuava com a capacidade de 400 vagas, contra os 170 atuais.
“O reitor assumiu para nós que há 230 vagas de concurso não efetuadas. Isso significa que ele está retendo vagas, deixando trabalhadores sobrecarregadas e mais gente na fila do hospital. Exigimos concurso público”, afirmou.
Por conta da paralisação, o restaurante universitário e bibliotecas da UFF não funcionaram. O ato também contou com apoio de estudantes da universidade.
Até o fechamento da edição, a UFF não havia se pronunciado.