Barcas operam com horários diferenciados

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Em Charitas, os usuários precisam ficar atentos, uma vez que nos horários de pico, as viagens serão realizadas a cada 20 minutos, ao invés de 15

Foto: Evelen Gouvêa

Começa a valer nesta terça-feira (1°) o esquema de redução na oferta de barcas nas linhas que fazem a travessia entre Niterói e o Rio de Janeiro, e do Rio de Janeiro à Ilha do Governador. A medida, que segundo a Secretaria de Estado de Transportes tem “caráter provisório”, altera a partir desta terça-feira as viagens para quem usa a linha Praça XV-Charitas e a Praça XV-Cocotá. No fim de semana será a vez dos usuários da travessia Praça XV-Arariboia. 

Os catamarãs da Praça XV-Charitas vão passar por ajuste no intervalo de saída: nos horários de pico, as viagens serão realizadas a cada 20 minutos, ao invés de 15. Entre 12h e 16h, período em que, segundo a Secretaria, a demanda é menor, não serão mais realizadas viagens. Os usuários dos catamarãs, que desembolsam a tarifa de R$ 15,40 para chegar ao Rio de Janeiro, expressam insatisfação com a medida. O autônomo Éber Rédea, de 52 anos, acredita que a mudança pode prejudicar a população que depende do catamarã para realizar a travessia. 

“Eu acho que essas saídas não deveriam ser alteradas não, porque limita as opções de transporte, principalmente à tarde”, opinou. 

Na linha Praça XV-Cocotá, serão realizadas viagens às 7h, 8h e 9h20 no sentido Praça XV; e 17h30, 18h40 e 19h50 no sentido Cocotá. As viagens nos demais horários serão suprimidas. Na linha Praça XV-Arariboia, o ajuste será nas viagens de domingos e feriados. O intervalo entre as saídas dobrará, passando de 30 para 60 minutos, reduzindo pela metade o número de viagens diárias. 

De acordo com  a assessoria da Secretaria, a decisão tem como objetivo “racionalizar os custos da operação e minimizar futuros impactos nas tarifas. A autorização prevê, ainda, a disponibilidade de embarcações para eventuais viagens extras, caso exista um aumento de demanda”.

A redução na oferta de barcas tem gerado polêmica e reações contrárias à medida. A Prefeitura de Niterói questionou a decisão do governo estadual, sob alegação de que a medida desconsideraria direitos dos consumidores e descumpriria cláusulas do contrato de concessão de serviços públicos de transporte aquaviário de passageiros, cargas e veículos no Estado do Rio de Janeiro. Na Frente Parlamentar de Defesa do Transporte Aquaviário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) foi anunciado estudo de ação contra a iniciativa. A OAB Niterói informou que vai pedir a suspensão da medida.