Caminhada perigosa em Camboinhas

Calçada estreita coloca em risco pedestres e ciclistas que passam pelo local

Foto: Evelen Gouvêa

Após inúmeros acidentes no local, pedestres e ciclistas que passam pela Avenida Professor Florestan Fernandes, em Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói, pedem o alargamento da calçada e a construção de uma mureta de proteção. No último sábado (19), uma jovem se acidentou após se desequilibrar de uma bicicleta ao tentar passar da pista para a calçada no cruzamento que segue em direção a Piratininga. Ela caiu no córrego que liga as lagoas de Itaipu e Piratininga. 

Segundo o professor de capoeira Rodrigo Henrique, que passa pelo menos duas vezes por semana no local, acidentes são comuns.

“Qualquer pessoa que tenha o mínimo de discernimento percebe que a situação dessa calçada é precária. Além do desnível, existe um poste no meio da calçada. Tanto o ciclista quanto o pedestre não têm segurança alguma”, analisa.

O jardineiro João Carlos da Silva, de 23 anos, diz também ter entrado para a triste estatística de acidentes.  Há dois meses ele foi atropelado enquanto andava de bicicleta pelo mesmo local.

“Não fui sequer amparado pela pessoa que me atropelou. Não tem guardas de trânsito para fiscalizar a rua. Não tive lesões graves, mas o susto foi grande. O trecho não tem sinalização, não tem ciclofaixa, só tem faixa para os carros. Pode-se dizer que o ciclista é largado em Camboinhas”, lamenta.

Hospitalizada – Nas redes sociais, a família informou que a jovem acidentada no último dia 19 sofreu lesões no braço, fêmur e bacia. Na ocasião, ela foi socorrida e encaminhada para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), onde segue internada em estado de saúde estável.  

Em nota, a Prefeitura de Niterói informou que a Avenida Professor Florestan Fernandes será um dos locais beneficiados com a expansão na malha cicloviária da Região Oceânica, que contará com mais 60 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, que serão implantados pelo programa PRO-Sustentável.